Obra fundadora do Pontilhismo. É uma técnica avançada saída do Impressionismo que se constrói da decomposição prismática da cor que resulta de uma absorção óptica dela própria, relegando para trás o tema da luminosidade “in situ”, que havia enamorado os impressionistas. A assumpção dos pontos coloridos justapostos “arruma” definitivamente com a vitória sobre a “linha” que os impressionistas tanto detestavam.
Como sempre que chega o novo, a reacção foi péssima e a crítica alcunhou a obra como uma recriação domingueira dos marçanos ou de mulheres de “vida fácil” (?).
Nota da Edição
Georges Seurat (Georges-Pierre Seurat ) (1859-1891)
Em toda sua carreira de pintor teve grande reconhecimento como um dos pioneiros do divisionismo, que é conhecido também como pontilhismo.
No ano de 1877, Seurat iniciou os seus estudos artísticos na Escola Superior de Belas-Artes de Paris, mas interrompeu durante um ano para cumprir o serviço militar.
Dentro do quartel de Brest (localizado na região de Bretanha) o artista fazia diversos esboços do Mar, praias e barcos; foi grandemente influenciado pelos pintores impressionistas, porém não ficou preso a eles por rejeitar a estrutura e forma que utilizavam, acabando por reinventar uma maneira mais formal e estruturada de fazer pintura.
A partir do ano de 1880, Seurat encontrava-se em Paris e passou a pintar os seus quadros usando técnicas do pontilhismo.
A importância do pontilhismo é tão grande, que é considerada a teoria que tornou possível a criação da televisão e imagem digital.
Leia também Pinceladas Impressionistas