O Rio De La Plata, vivendo escassos triunfos passados, dorme e sonha com o rio San Juan.
O Amazonas acolhe o Trombetas como um boato que corre em ziguezague.
Mais ao largo, o Paraná navegando pelos seus rios, caiu-lhe o Paraguaçu nas suas cascatas.
Ucayali só pode ser um enorme Peru.
Mississippi canta até Memphis coisas muito brancas e coisas muito broncas.
Nado no Ruanda, o Nilo, que também é etíope, lixou com dois ou três ataques emocionais os Egípcios.
A não dar sossego às árvores, o Niger, Serra Leoa acima, Serra Leoa abaixo, chapinha os pés no Sokoto, que anda por ali à deriva, sobretudo quando na magia das madrugadas.
Ai o Zaire, na antecâmera do corno de África misteriosa e profunda, inexplorada e tentadora no primo Cassai amarelo, onde navegam ou se apreciam nas margens animais inverosímeis que parecem criados para contos de fadas: as avestruzes, essas galinhas extravagantes, as gazelas, essas cabras quase divinas, as girafas surpreendentes e grotescas aos olhos dos anões, ou os hipopótamos monstruosos, todos esses irmãos do Homem…
O Guadiana cheio de Mérida.
O Sena acena a Paris.
Numa camisa de sete varas resiste o Tamisa.
Por entre sete saias excita-se na Escócia o Forth.
De Bruce sobre a Irlanda, o Lee.
O Arno mais parece um asno maior do que o Berlusconi.
O AAR é o oxigénio que os tipos de Berna precisam.
Dançam os austríacos no Danúbio que chamam azul só porque lhes apetece.
Por cá, o rio Coina é amante do Tejo.