Eis Passos Coelho no seu melhor:
– Quem investe num país com bloquistas e comunas no governo?
Sim, quem?
Todo o mortal, depois de o ouvir dizer tão sábia conclusão fica com qualquer coisa na cabeça, a mim bateu-me o nada.
Há alturas na vida que nos chega um imperativo desejo de nos tornarmos mais dignos. Nem que seja apenas uma pausa.
Passos Coelho não tem essa sorte. É uma impiedade, mas é verdade.
E se levássemos a coisa para a brincadeira? Do género, a vida dele gosta muito de brincar com o gajo?
Não! Seria uma análise demasiado ligeira ao seu carácter. É que o preço de viver em Portugal está a tornar-se este pesadelo político, este objector de bom-senso que é o líder da oposição.
O que dirá Angola? O que dirá a China? Países que a Direita agora tanto ama e tanto bajula?
O homem consegue ser pior do que ele próprio. O que digo? Que ele perdeu a graça de não ter cabeça. A coisa «lá dentro» piora dia para dia. Então dispara os mais soezes ataques e injúrias contra tudo e contra todos que não sejam da sua EXTREMA Direita.
Sempre que abre a boca fá-lo com ela torcida, lívida, azeda.
Ora não se pode discursar quando se está, no mínimo, singularmente tonto.
Chegados aqui…
Vamos, pelo menos nós, ser positivos, vamos ter esperança, essa esperança nacional, essa ternura que nos faz acreditar em D. Sebastião, e esperar um dia podermos ouvir o homem no encerramento num desses comícios patéticos, dizer algo de mais sério e de verdadeiramente positivo para Portugal, como deve ser a posição de um autêntico líder da oposição.
No caso deste Passos Coelho, venha de lá então a possibilidade de terminar a coisa desta maneira:
– Companheiros, amanhã vou ao médico. – Doutor, estou louco, devo estar louco!
O país aplaudirá.
Saudavelmente!