História de 2 mulheres Yezidi, Vian Dakhil, deputada no parlamento nacional e Nadia Murad que foi vendida como escrava
Vian Dakhil e Nadia Murad
Vian Dakhil, à direita na foto, pertence à minoria religiosa Yezidi do norte do Iraque e é deputada no parlamento nacional. Foi ela que, no Verão de 2014, gritou e soluçou até desfalecer em plena câmara, denunciando o genocídio do seu povo e implorando ao mundo por ajuda face ao avanço dos assassinos do califado.
Nadia Murad, é uma jovem Yezidi que caiu nas mãos destes criminosos e foi vendida como escrava, depois do vergonhoso abandono da região de Siinjar por parte dos peshmerga de Masoud Barzani. Toda a sua família foi assassinada. Conseguiu escapar e tem percorrido a Europa e os EUA em demanda de auxílio e solidariedade face ao genocídio dos Yezidis, tendo sido nomeada candidata ao Nobel da Paz.
Religião islâmica
Quando, perante as evidências do significado que tem a religião islâmica para a expansão política do fascismo salafista, a Europa, depois de atacada no seu próprio território, consente na exibição pública dos símbolos mais odiosos dessa ideologia alegando a defesa dos direitos das mulheres, há algo de errado connosco.
Esta tolerância disfarçada de benevolência garantista e superioridade democrática, radica na hipocrisia da política internacional face ao estado mais odioso do planeta – a Arábia Saudita e seus satélites – e, a nosso ver, é um insulto não só a estas duas mulheres, como ao número sempre crescente de vítimas dos islamitas e a todas as jovens curdas que desde há cinco anos a esta parte, de armas na mão, travam o avanço do fascismo islâmico.
Através da fina membrana, divisa-se já o réptil perfeito. A Europa pagará caro a sua estupidez.
João de Sousa e Francisco Oneto