Apenas o leitão assado à mesa cumpriu as expectativas de Francisco Assis no jantar que anunciava uma rebelião contra as opções do líder do PS, António Costa, para construir um governo à esquerda apoiado pelo BE e PCP. Dos mais de 400 socialistas que estariam inscritos, nem metade compareceu numa sala com porta fechada e sem direito a imagens que provassem a pouca adesão. Entre os mais conhecidos, não faltaram alguns ex-dirigentes do ex-líder António José Seguro, alguns ex-governantes, alguns ex-dirigentes, alguns ex-deputados e alguns ex-autarcas. Nada que demovesse Assis de se promover como eventual candidato à liderança do PS.
Rebelião contra Costa juntou apenas cerca uma centena de socialistas
Álvaro Beleza, Eurico Brilhante Dias, João Proença, José Junqueiro, António Galamba, José Lamego, António Braga e Manuel dos Santos foram algumas da caras mais conhecidas, entre alguns presidentes de câmara no activo. Além destes militantes, também apareceu o antigo autarca do PS, Narciso Miranda, expulso do PS em 2010 por se candidatar em Matosinhos contra o socialista Guilherme Pinto.
Francisco Assis tentou antecipar o encontro à Comissão Política do PS deste sábado mas António Costa voltou a trocar-lhe as voltas com uma entrevista na SIC e o anúncio do acordo com PCP já fechado.
Com o espaço mediático atropelado, Francisco Assis, cumpriu os mínimos do que tinha previsto. Reafirmou a sua oposição à aliança do PS com o BE e o PCP para uma solução de governo mas defendeu a disciplina de voto dos deputados no parlamento para as moções de rejeição ao executivo PSD/CDS. “Todos eles, sem qualquer excepção, estão vinculados” à estratégia da direcção nas matérias fundamentais”, afirmou.
O jantar da Mealhada serviu também para Francisco Assis se tentar aperceber da adesão à sua vontade de ser candidato à liderança do PS no próximo congresso do partido. Por agora afirma que não quer fazer “guerrilha em relação a quem no presente dirige o PS”, disse Francisco Assis em declarações durante o jantar na Mealhada.