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Sábado, Agosto 24, 2024

Sociedade contesta o adiamento das autárquicas

Francisco Do Nascimento, em Luanda
Francisco Do Nascimento, em Luanda
Correspondente em Luanda, Angola

autarquicas-angola

Políticos e membros da sociedade civil dizem que o país tem condições para realizar as eleições autárquicas.

O vice-presidente da república, Manuel Vicente, disse na passada terça-feira que Angola apenas irá realizar eleições autárquicas em 2021. O governante proferiu tais palavras durante a abertura do IV Fórum dos Municípios e Cidades de Angola, uma organização do Ministério da Administração do Território.

Manuel Vicente admitiu que a descentralização e desconcentração administrativas deverão constituir um elemento fundamental para o desenvolvimento do país, por isso o processo de preparação das autárquicas está em curso, e poderá estar concluído apenas em 2021.

Entretanto, as reacções não se fizeram esperar, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, disse durante uma conferência de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, que as justificações de Manuel Vicente não correspondem à verdade. Para o líder do maior partido da oposição angolana, o país dispõe de condições quer financeiras, quer humanas para a realização imediata das autárquicas.

Outra figura que também reagiu ao adiamento das autárquicas, é o jurista e um dos vice-presidentes da CASA-CE, William Tonet, que acusou os dirigentes do país de serem anti-patriotas, por estarem constantemente a violar a lei.

Além de William Tonet e Isaías Samakuva, outras figuras também contestam a medida do executivo, com destaques para João Baruba, secretário-geral do Bloco Democrático, e Marcos Mavungo, activista cívico, que também não concordam com as justificações de Manuel Vicente.

De realçar que Angola nunca realizou eleições locais, ainda que as mesmas  estejam previstas na Constituição da República aprovada em 2010.
O autor escreve em PT Angola

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