O julgamento esteve agendado para esta Quinta-feira, dia 8. Após o início, foi adiado para dia 5 de Janeiro de 2017 sob o pretexto de os estudantes Abd Elazize, Elouahidi e Hamza Radi estarem em muito más condições de saúde, devido a consequências das greves de fome.
“Em ocasiões anteriores, as autoridades marroquinas permitiram a entrada no tribunal de um familiar dos acusados. Mas desta vez, não só lhes foi negado esse direito, como a sala do tribunal estava cheia de policias e membros dos serviço secretos marroquinos (DST), e fora do tribunal, as autoridades marroquinas formaram um cordão policial, impedindo o acesso ao julgamento . Devido a esta decisão, familiares e estudantes realizaram um protesto de solidariedade em frente ao tribunal”.
“Os estudantes prisioneiros políticos, entraram na sala gritando «não há alternativa, não há alternativa senão a auto-determinação»”.
A denúncia é feita pela organização por un sahara libre.org que dá conta de outras situações idênticas.
“Também nas cidades ocupadas de El Aaiun e Smara, estão a adiar os julgamentos de activistas saharauis. Na sexta-feira 02 de Dezembro, na cidade ocupada de El Aaiun, as forças de ocupação prenderam três jovens saharauis, submetendo-os a interrogatórios durante três dias. Após estes interrogatórios, os jovens saharauis foram levados perante o procurador-marroquino,do Tribunal de Apelações desta cidade, que ordenou que fossem levados para a prisão negra”.
“Khalihana Lakhrif, Bachir Babit e Aaziz Fnaido, foram presos na sexta-feira à tarde depois de participar numa manifestação pacífica no bairro do Aawada em El Aaiun, capital do Sahara Ocidental ocupado. A detenção dos activistas foi realizada com grande violência pelas forças de ocupação marroquinas”.
No mesmo contexto, o Tribunal de Apelações adiou o julgamento de Ali Saadouni, NorEddin Aargoubi e Khalihana Fek para 14/12 após o pedido do advogado de defesa, Bazaid Lehmad.
Também na cidade de Smara, foi adiado para o dia 21 de Dezembro, o julgamento de Primeira Instância contra o activista de direitos humanos Daddi Hmada.
“Hmada tinha apresentado uma queixa em tribunal por ferimentos sofridos por elementos da polícia, que o terão golpeado e fracturado o nariz, Hmada ia participar no julgamento do activista e jornalista saharaui Salah Lebsir, que foi condenado a 4 anos de prisão. O tribunal não só recusou o protesto do activista saharaui, como o acusou de atacar a polícia”.
Fonte: por un sahara libre.org e Equipe Media