A Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgou, na passada 6ª-feira (16/12) um relatório onde informa que cerca de 7.200 migrantes e refugiados morreram ou desapareceram desde o início deste ano, no mundo. O número representa 20% a mais que em 2015.
A travessia do Mediterrâneo, utilizada em 2016 por cerca de 360 mil migrantes, tornou-se o caminho mais perigoso em todo o mundo. De um total de 7.189, 4.812 morreram ao tentar atravessar o mar Mediterrâneo para chegar à Itália, Grécia, Chipre e Espanha. Corresponde a uma média de 20 mortes por dia, e o saldo total poderá aumentar até ao final do ano em mais 200 ou 300 mortes, estima a organização no relatório. De acordo com informações recebidas pela OIM, 88 pessoas morreram, na passada semana, no naufrágio de um barco que transportava 114 passageiros ao largo da costa de Zawiya, na Líbia.
A OIM informa ainda que o número de mortes de migrantes noutros locais do mundo também aumentou em 2016, em particular no norte de África e na África austral, na América central e latina e na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
Em Dezembro do ano passado, a Agência da ONU para os Refugiados (Acnur) afirmou que o número de imigrantes que desembarcaram na Europa pelo mar, em 2015, chegou a um milhão.
Fonte: OIM