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Terça-feira, Dezembro 24, 2024

Será possível uma nova economia sem custos?

Paulo Vieira de Castro
Paulo Vieira de Castrohttp://www.paulovieiradecastro.pt
Autor na área do bem-estar nos negócios, práticas educativas e terapêuticas. Diretor do departamento de bem-estar nas organizações do I-ACT - Institute of Applied Consciousness Technologies (USA).

Economia sustentável / sem custos

Jeremy Rifkin, com a sua  Sociedade do Custo Marginal Zero, ainda, Farid Khavari[1] e a Economia de Custo Zero, como tantos outros, defendem uma alternativa ao capitalismo partindo de condições, exclusivamente, colaborativas. A internet das coisas, a tecnologia livre, em especial as renováveis, assim como a mudança de paradigma da consciência humana, farão o que ainda falta.

Em algumas das actividades a produtividade será de tal modo eficiente que o custo marginal da produção de muitos dos serviços, e mesmo de bens, será de base zero. Ou seja, o custo de fabrico de mais uma unidade é inexistente. Isto era algo que não se imaginava possível, pelo menos desta forma. Estamos perto de um mundo (quase) grátis e para todos.

Suponha, por exemplo, uma vídeo-aula prestada por um mesmo professor a 100 mil alunos. A área dos serviços da educação em rede é, aliás, um bom exemplo deste tipo de possibilidade. O mesmo para muitos dos produtos de entretenimento online. Falamos de custos financeiros e económicos, tão somente.

Já para os bens de consumo, o melhor ensinamento, vem da nova geração de impressoras 3D, capazes de unir num mesmo momento a dimensão da produção e a do consumo. Note-se que aqui podemos falar de áreas tão diversas como acessórios para o motor da sua máquina de lavar, produtos alimentares ou para a saúde. Paulatinamente tem surgido uma economia híbrida onde tudo estará  disponível, para todos, em qualquer hora ou lugar. Espera-se que a preços cada vez mais razoáveis.

Infelizmente, com estas mudanças será fácil perspectivar o fim do trabalho. A maior parte dos empregos vão desaparecer ou ser substituídos por tecnologias eficientíssimas. As renováveis aliadas a estas  novas tecnologias inteligentes, de eficiência e autonomia nunca até aqui imaginadas, só dependerão da informação e da sua partilha. Isto  desde que não se privatizem as ondas, o vento, o sol, ou seja, as fontes de energia. Deste modo será  fácil compreender, quando falamos de custos energéticos de produção, como poderemos baixar a custos marginais de base zero.

Falamos da sociedade da empatia[2] e  da colaboração, estimando-se que antes de  2025 estas mudanças estarão já enraizadas na economia global, descentralizada e sustentável.

A respeito de todas estas alterações  aproveito para deixar uma curta  entrevista com  o economista Farid Khavari ao programa Consciousness FM, na estação pública KPFK (EUA).

[1]Zero-Cost Economy (Economia de custo zero)
[2]Jeremy Rifkin: The empathic civilization (A civilização da empatia)

Nota do Director

As opiniões expressas nos artigos de Opinião apenas vinculam os respectivos autores.

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