Lembrando que os países têm o direito e a obrigação de gerir de forma responsável as suas fronteiras para evitar a infiltração de membros de organizações terroristas, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou que essa protecção não pode ser baseada em nenhuma forma de discriminação relaccionada com religião, etnia ou nacionalidade, e que isso “violaria os princípios e valores fundamentais nos quais as sociedades são baseadas”.
Alertou, também, para que acções como essa podem “disseminar ansiedade e raiva que muitas vezes facilitam a propaganda dessas mesmas organizações terroristas que queremos combater” e que “medidas cegas, não baseadas em inteligência sólida, tendem a ser ineficazes enquanto arriscam ser contornadas por sofisticados movimentos terroristas globais”. (in Portal da ONU, Comunicado de 31 Janeiro 2017).
Por seu lado, no texto da Petição lançada pela AI, pode ler-se:
“Há mais de 53 anos no Lincoln Memorial, em Washington, uma multidão de mais de 250 mil pessoas ouvia o sonho de uma América livre de racismo, injustiça e pobreza pela boca de Martin Luther King.
Hoje é importante continuar a sonhar essa América e dar passos concretos nessa direcção.
Junte-se a nós no apelo ao recém-eleito Presidente Donald Trump para que abandone o discurso de ódio que caraterizou a sua campanha e para que respeite os direitos humanos contemplados na legislação norte americana e nos tratados internacionais.
Todos juntos vamos recordar ao Presidente Trump que cada escolha que faça é um legado que deixa às gerações futuras. E que estas escolhas reflectirão um de dois mundos: um mundo onde reine a justiça, os direitos humanos e a liberdade ou um mundo no qual impere o ódio, o medo e a discriminação. A escolha está também nas nossas mãos através da nossa ação.”
Leia a tradução da carta a enviar a Donald Trump depois de assinar a Petição.