O Parlamento Nacional de Timor-Leste, a poucos meses das próximas eleições legislativas, aprovou uma nova lei que impõe uma barreira eleitoral de 4% para os Partidos políticos elegerem deputados.
A Frente da Juventude e Estudantes Socialistas de Timor-Leste (FREJSTIL), em Conferência de Imprensa, em Díli, acusou de forma enérgica os actuais partidos políticos com mais votos de quererem abolir a democracia representativa no Estado democrático de Timor-Leste.
Segundo o Comunicado de Imprensa da FREJSTIL, os jovens e estudantes socialistas de Timor-Leste consideraram ser uma medida anti-democrática, e alertaram o povo para «proteger o sistema democrático» porque «hoje mudam estas leis e um dia quando o poder estiver consolidado nas mãos desses governantes, irão produzir leis que violarão os direitos e os interesses dos pobres e dos indefesos».
Nas eleições legislativas de 2012 foi imposta uma barreira de 3% que já era uma medida anti-democrática e ao elevar essa barreira para 4%, segundo a juventude socialista:
«demonstra-se que há uma tendência para eliminar-se a voz, expressão do povo ou votantes que depositaram confiança nos partidos considerados pequenos».
A organização de jovens socialistas terminou a nota de imprensa de forma dramática, em jeito de apelo às consciências, invocando:
«Povo de Timor-Leste inteiro, acorda, levanta-te, estejam atentos para controlar os nossos representantes e os nossos governantes! Não deve haver uma lei que elimine os nossos direitos, que elimine as nossas liberdades, e os nossos poderes delegados através dos Partidos que têm a nossa confiança».