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Terça-feira, Dezembro 24, 2024

A prática da intuição: Method Acting

Paulo Vieira de Castro
Paulo Vieira de Castrohttp://www.paulovieiradecastro.pt
Autor na área do bem-estar nos negócios, práticas educativas e terapêuticas. Diretor do departamento de bem-estar nas organizações do I-ACT - Institute of Applied Consciousness Technologies (USA).

Como me poderei iniciar na prática intuitiva? Voltando-me para dentro. Independendo da razão e da experiência, passando a habitar no inconsciente. Simples, não é?!?

A clarividência, condição pré-cognitiva à intuição, pode ser treinada através de exercícios simples como o silêncio ou pela prática da atenção plena, isto conforme foi já referido por mim demasiadas vezes.

Quando trabalhamos em equipa, dependendo dos processos de decisão de diversos grupos de influência, existe uma enorme quantidade de comunicação que está para além da explícita. Por isso é fundamental adaptar o nível relacional deste encontro (rapport) nas dimensões mais nobres da nossa existência.

A comunicação explícita refere-se ao conjunto de regras dominadas, exclusivamente, pelo intelecto. Por seu lado a cultura de uma família ou de uma organização é maioritariamente reflexo da escuta interior e da comunicação não verbal ou escrita.

Para os menos espirituais costumo referir os exercícios realizados pelas escolas de teatro onde se desenvolve a escuta mágica/intuitiva como forma de dar lugar à empatia resultante da sincronização neuronal entre todos os envolvidos.

Hoje trago o exemplo do velho método utilizado no teatro. Chama-se Method Acting. É um exercício de grupo muito importante na formação de ligações empáticas e energéticas no grupo.

Começa-se o exercício por ter consciência de que respiramos. A maior parte de nós apenas sabe que respira…

Depois, há um elemento que fala a primeira letra do abecedário. Duas regras. Não podem seguir uma ordem de participação, isto é fugir do processo aleatório. Sempre que dois, ou mais, dos elementos falarem a um mesmo tempo, sobrepondo-se, recomeça-se da letra “A”. Não existe um tempo limite para este exercício.

Conforme se vai criando a conexão vão-se separando as pessoas, alargando-se o circulo. Com o tempo a equipa deverá fazer este exercício com tampões nos ouvidos. É desgastante mas é a melhor forma de desenvolver a escuta verdadeiramente mágica, consolidando o espírito de equipa num mesmo foco. Daqui a emergência de exercícios que permitam desenvolver a intuição e a escuta atenta ao grupo.

As opiniões expressas nos artigos de Opinião apenas vinculam os respectivos autores.

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