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Terça-feira, Dezembro 24, 2024

A lógica como o maior dos vícios da humanidade

Paulo Vieira de Castro
Paulo Vieira de Castrohttp://www.paulovieiradecastro.pt
Autor na área do bem-estar nos negócios, práticas educativas e terapêuticas. Diretor do departamento de bem-estar nas organizações do I-ACT - Institute of Applied Consciousness Technologies (USA).

Assim como a dependências pelos açúcares, o vício das gorduras saturadas, o ser humano tornou-se viciado na lógica e na inteligência. Até que ponto isso ajudará a construir um mundo melhor para todos? Vejamos…

Instinto, inteligência e intuição são três funções interdependentes. Acabo de escrever, por quatro vezes “in”, referindo-se esta, na verdadeira acepção da palavra, a qualidades inatas, ou seja, ao que não se pode aprender.

Interdependência, instinto, intuição e inteligência serão, portanto, desde o inicio dos tempos qualidades implícitas à natureza do mundo e, consequentemente, a todos nós, seres humanos. Por que estariam tão afastadas das empresas, das escolas, das famílias?

O instinto refere-se à experiência passada, onde encontramos velhas respostas para velhas questões. O ruído é o do corpo. O organismo que nos controla.

A inteligência reporta-se à experiência presente, dando velhas respostas para velhas e novas questões. O ruído é aqui resultante do diálogo entre a mente e o cérebro.

Decidir é participar na construção do futuro. Por isso, a intuição é tão importante. Esta reporta-se à ligação do ser humano a experiências futuras. Características principais da intuição são as relações entre novas respostas para novas e velhas questões. Aqui, encontramos um momento propício para a experiência directa com sentido mais amplo, expressa através de um maior grau de autonomia.

Concluindo, só a intuição nos permite tomar decisões de acordo com o passo da nossa consciência mais profunda e originária: a paz. Porém, perante um mundo de conceitos ilusórios, se continuarmos a dar exclusiva vantagem á inteligência, a humanidade será rapidamente substituída pelas mais “belas metáforas”. E isso será o nada.

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