Em 1890 Oscar Wilde afirmou “Hoje em dia, as pessoas sabem o preço de tudo e o valor de nada”.
Pois é… sabemos demasiado sobre o parâmetro de maior instabilidade moral do mundo (os preços), muito pouco sobre o que essa paixão significa e menos, ainda, sobre o valor da vida.
A preponderância ideológica dos preços na concepção da humanidade deixa perceber por que os mercados não são inteligentes ou eficientes, isto ao contrário da ideia que nos tentam passar todos os dias.
O problema está na forma como nos temos relacionado com o dinheiro. Para tal bastará perceber que compramos casas que perderam o sentido de lar, travestindo-se, agora, de activos financeiros.
Com o fim do pressuposto da racionalidade do Homo Economicus, o peso do emocional, na generalidade das decisões económicas, eleva o risco e a incerteza conducentes à próxima crise.
Pena que a euforia dos mercados livres nos tenha impedido de descobrir outras formas de ver o mundo.
A terminar deixo o aviso mais lúcido que alguma vez Nietzsche terá feito “… quando olhas durante muito tempo para um abismo, também o abismo olha para dentro de ti”.
Solução? Mudar de olhos…
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