Jeroen Dijsselbloem co-responsável pela morte de milhares de europeus que se suicidaram ou simplesmente morerram por falta de assistência médica, cujo partido acaba de sofrer uma derrota estrondosa nas eleições holandesas veio com estar boutade machista xenófoba e repugnante tornar imperativa e inadiável a sua demissão.
Este cavalheiro preside ao Eurogrupo, um órgão não democrático, não eleito e não previsto em qualquer tratado europeu, é responsável ainda pela insolvência de milhares de famílias e empresas, por semear a miséria, o desemprego e o desalento de milhões de europeus.
Em conjunto com Wolfgang Schauble, sempre proferiu declarações alarves e irresponsáveis que frequentemente facilitaram a especulação com as dívidas soberanas dos países do sul e contribuiram para o aumento das taxas de juro das economias já deprimidas dos países levados à falência devido ao desenho deliberadamente capcioso do Euro e ao descontrole dos seus amigos do sector financeiro e da jogatana de casino.
Não aprendeu nada. E, com as suas mais recentes declarações ofende profundamente os povos do sul e da periferia da Europa. Isto, sendo ministro das finanças de um país cujo sucesso se deve exclusivamente à prática do dumping fiscal.
E os países do Sul da Europa é que gastam o dinheiro em copos e mulheres, como diz o ridículo tipo que inventou que tinha um mestrado?
Dedicado a Dijselcoiso, atrofiado holandês
A versão grega (ai um país do Sul) da lusa “Putas e Vinho Verde”
τοῦτο βίος, τοῦτ᾽ αὐτό: τρυφὴ βίος. ἔρρετ᾽ ἀνῖαι:
ζωῆς ἀνθρώποις ὀλίγος χρόνος. ἄρτι Λύαιος,
ἄρτι χοροί, στέφανοί τε φιλανθέες, ἄρτι γυναῖκες:
σήμερον ἐσθλὰ πάθω: τὸ γὰρ αὔριον οὐδενὶ δῆλον.
A vida é isto, nada mais do que isto: a vida é prazer. Raios as partam às tristezas!
A vida humana é um poucochinho de tempo. Pois que me liberte Lieu[1],
dêem-me danças e coroas de flores, dêem-me mulheres!
Que o hoje me seja feliz; do amanhã quem o sabe, que sei eu?
Anónimo, Antologia Grega, 5.72
Tradução um pouco livre e rimada de Rui Miguel Duarte
[1] Lieu (Lyaios), “Libertador”, epíteto de Dioniso, ou Baco, por metonímia o vinho, que, ao ser bebido, liberta das tristezas da vida.