O principal índice da Bolsa portuguesa, o PSI 20, tem vindo a registar uma evolução positiva, nos últimos dias. Esta Quarta-feira (18 de Novembro) fechou nos 5.378,60, o que significa um acréscimo de 211,31 pontos (+4%) em relação ao valor mínimo de 5.167,29 registado na Sexta-feira, 13, dia dos atentados em Paris.
A dívida portuguesa está, igualmente, a registar uma evolução positiva. Ontem (Quarta-feira), a “yield” das obrigações a 10 anos encerrou abaixo de 2,5%.
Também ontem, o Estado português colocou dívida de curto-prazo nos mercados, com os juros mais baixos de sempre. Em operações de curto-prazo (seis e doze meses), foram angariados um total de 1.500 milhões de euros a juros… negativos. Ou seja, os investidores pagaram para emprestar dinheiro a Portugal.
Parecem assim afastados, para já, os receios de que a instabilidade política que se vive no país e a perspectiva da entrada em funções de um governo socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda, pelo PCP e pelos Verdes tivessem consequências negativas nos mercados financeiros.
Igualmente ontem, os principais banqueiros do país foram recebidos por Cavaco Silva e manifestaram-se tranquilos face a tal perspectiva. Para os homens que mandam na banca, o que é realmente importante é que o próximo executivo cumpra os compromissos internacionais e assegure a estabilidade.
A este ciclo positivo não deverá ser alheia a decisão, tomada na Sexta-feira, da DBRS a única agência de rating deferência que coloca a dívida portuguesa acima de lixo, manter a sua notação, com perspectiva estável.