Usando uma falsa identidade, pretendendo conhecer melhor a consciência humana, por vezes, coloco frases nas redes sociais. Aqui fica o testemunho de um desses momentos em que escrevi no Facebook “estou a pensar no que tu estarás a pensar”.
Logo me respondeu Evelyne.
– Estou a pensar no quem eu sou…
– Errado! Mas, poderá a mulher que confessa o seu erro ser a mesma que o cometeu? Tu não podes conhecer-te sem teres nem ideia de quem és…
– Estou a tentar perceber o que está abaixo do visível! Para uns pode ser um erro, para outros uma questão essencial.
– Pressuposto para saberes mais sobre ti, ou sobre algo: se tu compreendes as coisas são exactamente o que são, se tu não compreendes as coisas são exactamente o que são. És tu que impregnas o (teu) mundo de sentido, logo não o poderás conhecer. Apenas criarás esse mundo.
– Ok, não tento compreender nada. Somente sinto e observo sem julgar ou justificar.
– “JUST BE…” ou “JUST BEE” ? Como resolverias tamanho mistério (a vida) optando por mudar apenas o resultado? Tu tens uma alquimia de origem. A essência não repousa na forma como (simplesmente) estás no mundo, sem julgar, sem desejar. Estar no mundo não é o mesmo que ser do mundo, pertencer ao mundo.
– Estou a ficar curiosa. Preciso algo mais para reflectir. Quem é a pessoa que disse? Onde está a pessoa que disse? Gostava de ter uma conversa frente a frente com ela.
– Ambos sabemos que não estamos nesta conversa para reflectir. Temos bem mais em que pensar, aquém e além deste instante.
O que resta de tudo o que nos interessa, é o instante, o “ Just Be”, o resto é “ Just Bee” (andar de flor em flor como as abelhas…). “Be” é o ser (simplesmente) daqui. Porquê? Porque é verdade. E, não será suficiente?!?Tudo o resto é estar “ali” e “aqui”, daí o “Just Bee”.
Há quanto tempo as coisas não são (simplesmente) verdade? Ainda que por um instante, Just Be! A liberdade é esse momento, não outro.
Toda a mulher livre é a fronteira de um novo país, Evyline.– Quem é a pessoa que disse?
– Se o Deus que há em mim repousa no Deus que há em ti, então eu sou o outro tu. Se sou chama ou simplesmente luz, pouco importará desde que seja verdade!
– Onde está a pessoa que disse?
– Aí! Como poderia estar aqui?
– Gostava de ter uma conversa frente a frente com a pessoa que disse.
– Não faz sentido. Tudo o que procuras está aí. Concluindo, essas não eram as perguntas que te fariam avançar, pelo contrário são as que te fazem ficar.
Tenta outra vez, Evyline.