De 1 a 4 de Junho decorrerá no Convento de São Francisco, em Coimbra, um encontro nacional de especialistas na área da ginecologia e obstetrícia para debater, entre outros temas, o problema da natalidade em Portugal.
O 21º Congresso de Obstetrícia e Ginecologia é organizado pela Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia. Tem como finalidade criar um debate em torno das inovações na área, a apresentação de estudos e consensos entre os especialistas da área da saúde da mulher e debater como é que se consegue solucionar o problema português ligado à natalidade.
Portugal é o segundo país da Europa com menor taxa de natalidade e continua a haver mais gente a morrer do que a nascer. O presidente da FSPOG, Daniel Pereira da Silva comenta que “Esta é a dura realidade em que vivemos e existe a necessidade de se criarem mais e melhores condições para as famílias portuguesas para aumentar o seu agregado familiar. O governo tem responsabilidade para criar mais-valias económicas para que isto aconteça mas também a da responsabilidade da comunidade médica encontrar soluções para que os casais e as mulheres se sintam bem acompanhados.”
21º Congresso de Obstetrícia e Ginecologia
As principais áreas a discutir neste congresso são, essencialmente, a obstetrícia, a ginecologia, a reprodução e contracecção. Os temas que cada vez mais afectam a saúde das mulheres serão tratados em debates temáticos como é o caso da oncofertilidade e a preservação da fertilidade, as patologias na mulher grávida, a gravidez gemelar, a obesidade e fertilidade, entre outros.
Estes encontros nacionais realizam-se de 3 em 3 anos, reúnem especialistas da área de ginecologia e obstetrícia e a representação de todas as sociedades científicas a nível nacional. A nível internacional contam com a presença de especialistas oriundos dos Estados Unidos da América, Reino Unido, Espanha, Holanda, Israel, França, Alemanha e Bélgica.
“Os dados divulgados recentemente mostram a necessidade de adaptação por parte das famílias portuguesas e da necessidade dos médicos se adaptarem a esta nova realidade de as mulheres serem mães cada vez mais tarde. Certamente que este contexto social trás novos desafios médicos relacionados com a fertilidade e outras questões relacionadas com comorbilidades e doenças que aumentam de prevalência com a idade. Os especialistas têm uma grande responsabilidade nos dias de hoje”
Segundo o presidente FSPOG “Este tipo de iniciativas são fundamentais para a discussão das inovações na área e perceber melhor quais as principais alterações do contexto da saúde da mulher através da troca de experiências e da abordagem aos principais problemas e novidades com os quais os médicos se depararam nos últimos tempos. Na verdade, trata-se de delinear um caminho conjunto para o futuro.”
Mais informação sobre o congresso em congressofspog.com