Recentemente ocorreu algo sem precedentes: os accionistas da Exxon votaram esmagadoramente a favor de uma política que obriga o gigante do petróleo a avaliar os impactos de longo prazo nas mudanças climáticas. Todo o conselho executivo da Exxon opôs-se ao movimento pro-ambiente. Mas quando chegou a hora da votação, 62% dos accionistas votaram contra os grandes executivos do petróleo e tomaram uma posição pro-Planeta.
Antes do grande voto da reunião anual, milhares de activistas, como os membros da SumOfUs, contrataram centenas de grupos de investidores como fundos de pensão, convidando esses grandes investidores a votar a favor da resolução do accionista. Dezenas de gerentes de fundos de reforma receberam mais mensagens de clientes do que foram capazes de responder.
Os maiores poluidores do mundo estão finalmente a ser obrigados a assumir a responsabilidade. Já é conhecido que esta companhia tinha conhecimento dos efeitos nocivos décadas atrás e que embarcou numa campanha de desinformação intencional. Não é mais um mundo onde CEOs e executivos corporativos podem contar os seus lucros tranquilamente enquanto o mundo arde.
Tudo isto se deve ao trabalho incrivelmente difícil e corajoso daqueles que têm construido movimentos activistas de accionistas há anos, incluindo investidores baseados em fé, fundos de pensão progressivos, faculdades, organizações como a Ceres, e muitos outros. A rejeição de Trump do Acordo de Paris mostra-nos que o trabalho colectivo para manter este planeta seguro para as próximas gerações nunca foi tão importante.