O mais provável é que o leitor se lembre exactamente do que estava a fazer no dia 11 de Setembro há 18 anos atrás, no momento em que percebeu pela primeira vez o que se havia passado no World Trade Center, no Pentágono e na Pensilvânia.
Neste terrível momento traumático em que 19 terroristas mataram 3 000 pessoas, milhões e milhões viram imagens chocantes e sentiram intensa e dolorosa surpresa, sofrimento, raiva, tristeza e solidariedade.
Entretanto na Universidade de Princeton investigadores monitoravam uma rede de geradores de números aleatórios que servem como um detector de eventos de coerência de sentimentos a grande escala. Ao estudar os dados, a sua conclusão foi que a forte reacção emocional sincronizada por todo o mundo alterou a operação do equipamento que se comportou de forma mais ordenada e menos imprevisível, quase como reflexo da maior união humana que partilhava a mesma dor.
A consciência humana pode afectar o mundo físico?
Essas descobertas, que suscitaram controvérsia no mundo científico, foram produzidas pelo Projecto de Consciência Global de Princeton, cujo objectivo é determinar se, e em que medida, o ser ou a consciência humana pode sincronizar e agir de forma coerente afectando o próprio mundo físico.
Desde a década de 1970, os investigadores de Princeton têm tentado medir a influência mental sobre dispositivos aleatórios – primeiro no laboratório do famoso engenheiro Robert Jahn, e desde a década de 1990 usando uma rede global de dispositivos.
Após o atentado, os investigadores analisaram um período que começou 10 minutos depois de o American Airlines Flight 11 bater na Torre Norte às 8:46 da manhã de New York e terminou quatro horas depois.
O físico Roger Nelson publicou o artigo “Consciência Coerente e Aleitamento Reduzido: Correlações em 11 de Setembro de 2001”, no Journal of Scientific Exploration em 2002. Para visualizar os dados, estudaram o desvio cumulativo de um teste de Qui-quadrado a partir das expectativas de “acaso”. Se os dados reunidos em tal experiência não exibissem um efeito, o gráfico iria parecer-se com um caminho aleatório em torno da linha de expectativa horizontal, sem uma tendência clara (Em linguagem de probabilidade e estatística, isso é chamado de “caminhada aleatória ou caminhada de bêbedo”.)
Em vez disso, verificaram “um desvio cada vez maior ao longo dos momentos dos cinco principais eventos, durante os quais um número cada vez maior de pessoas ao redor do mundo ficaram a par das notícias com incredulidade. Calcularam que a probabilidade do resultado ser devido ao acaso em vez de um efeito verídico foi de 35 em 1. Em 30 anos de estudo deste efeito no programa Princeton Engineering Anomalies Research (PEAR) Laboratory, a probabilidade de não existir um efeito anómalo foi estimada de 1 em mais de 1 trilião. A maioria dos estudos científicos utilizam a regra de 1 em 20.
Os seres humanos possuem algum grau de precognição?
Para validar os seus resultados, os investigadores compararam as suas descobertas contra pseudo-dados que geraram para 11 de Setembro. Encontraram uma peculiaridade ainda mais perturbadora nos dados. Uma dessas medidas começou a mudar quatro ou cinco horas antes do ataque do primeiro avião. Isso parece sugerir a possibilidade de que os seres humanos não possuam apenas uma consciência colectiva, mas também algum grau de precognição – uma hipótese ainda mais controversa, se tal for possível. O psicólogo da Universidade Cornell, Darryl J. Bem, mais tarde publicou um provocativo artigo numa revista científica sobre os seus achados experimentais de que os humanos têm alguma capacidade para prever eventos antes de eles ocorrerem.
Muitos cientistas não aceitam efeitos que parecem ir contra os modelos vigentes da física e da neuro-ciência. “Houve Evidências de Consciência Global em 11 de Setembro de 2001?”, escrito por Jeffrey D. Scargle, cientista do Centro de Pesquisa Ames da NASA na Califórnia, contraria a conclusão da equipa de Princeton. Mas o caso dos investigadores de Princeton é reforçado pelos dados que eles acumularam em outros eventos traumáticos ou festivos, caracterizados por uma tristeza e indignação ou alegria generalizadas. Os efeitos de outros eventos foram estatisticamente significantes, mas nenhum tão forte como o de 11 de Setembro.
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