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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

65.º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián

José M. Bastos
José M. Bastos
Crítico de cinema

O ‘Zinemaldia’ começa amanhã. Filme de Wim Wenders na abertura.Tem início amanhã, dia 22, a edição de 2017 do Festival de Cinema de San Sebastián. A cidade basca oferece, pela 65ª vez, à multidão de cinéfilos e profissionais de cinema e da imprensa que a ela acorrem, a mais importante mostra de cinema da Península Ibérica.

Sessão inicial…

“Submergence”, uma co-produção alemã-francesa-espanhola, de Wim Wenders

Na abertura da competição da secção oficial teremos o mais recente trabalho do cineasta alemão Wim Wenders, “Submergence”, uma co-produção alemã-francesa-espanhola, interpretada por James McAvoy e Alicia Vikander. Esta é a história de um homem e uma mulher que se conhecem e enamoram num hotel da Normandia. Quando cada um deles retoma as actividades quotidianas fica o espectador a saber que ele trabalha para os serviços secretos britânicos e está envolvido numa missão na Somália procurando seguir o rasto de uma rede de terroristas suicidas. Ela é uma biomatemática que está a desenvolver um projecto de investigação sobre a origem da vida na Terra. Vivem em dois mundos opostos…dificilmente conciliáveis.

E sessão de encerramento…

“The Wife”, co-produção da Suécia e Reino Unido, dirigida por Björn Runge

Para a sessão de encerramento que terá lugar no sábado, dia 30, foi selecionado “The Wife”, co-produção da Suécia e Reino Unido, dirigida por Björn Runge, que será exibida extra-concurso. Glenn Close, Jonathan Pryce e Christian Slater são os protagonistas principais de uma história que é a ilustração do célebre dito “por trás de um grande homem (neste caso um escritor que chega ao Prémio Nobel) está sempre uma grande mulher”.

Dezoito filmes em competição

Para além do filme de Wenders, os outros trabalhos candidatos à “Concha de Ouro” e restantes prémios da secção oficial são:

  • “Alanis” de Anahí Berneri (Argentina)
  • “Beyond Words” de Urszula Antoniak (Polónia – Holanda)
  • “Der Hauptmann / The Captain” de Robert Schwentke (Alemanha – França – Polónia)
  • “El autor” de Manuel Martín Cuenca (Espanha – México)
  • “La Douleur” de Emmanuel Finkiel (França)
  • “Handia” de Aitor Arregi e Jon Garaño (Espanha), os bascos que há dois anos nos surpreenderam com o excelente “Loreak”
  • “Le Lion est mort ce soir” de Nobuhiro Suwa (França – Japão), com Jean-Pierre Léaud como protagonista
  • “Le sens de la fête / C’est la vie!” de Olivier Nakache e Éric Toledano (França), os autores dos grandes sucessos “Amigos Improváveis” e “Samba”
  • “Licht” de Barbara Albert (Áustria – Alemanha)
  • “La vida y nada más” de Antonio Méndez Esparza (Espanha – EUA)
  • “Love Me Not” de Alexandros Avranas (Grécia – França)
  • “Ni juge, ni soumise” de Jean Libon e Yves Hinant (França – Bélgica)
  • “Pororoca” de Constantin Popescu (Roménia – França)
  • “Soldaţii. Poveste din Ferentari / Soldiers. Story from Ferentari” de Ivana Mladenovic (Roménia – Sérvia – Bélgica)
  • “Sollers Point” de Matthew Porterfield (EUA – França)
  • “The Disaster Artist” de James Franco (EUA)
  • “Una especie de família” de Diego Lerman (Argentina – Brasil – Polónia – França)

A destacar a significativa presença da França na competição ‘donostiarra’, quer através de produções exclusivamente francesas quer por via das co-produções. Depois de alguns anos em que a representação gaulesa era simbólica ou inexistente, este ano temos participação da França em 9 dos 18 filmes. De facto, não há fome que não dê em fartura…

Completamente ausente continua o cinema italiano! Este ano também não há chineses, coreanos ou iranianos que costumam ser presença habitual.

Júri Oficial

E por falar em 18 filmes em competição, aqui fica uma palavra de encorajamento ao Júri Oficial que tem uma tarefa ciclópica pela frente. Apreciar uma dúzia e meia de filmes é obra!… O Prémio Donostia de 1998, o actor, realizador e produtor norte-americano John Malkovich (presidente), as actrizes Dolores Fonzi (argentina) e Emma Suárez (espanhola), o cineasta e encenador britânico William Oldroyd (prémio FIPRESCI no ano passado com “Lady Macbeth”) e a produtora e guionista argentina Paula Vaccaro foram os escolhidos para o fazer.

A secção oficial comporta ainda, fora de concurso, dois filmes espanhóis : “La peste” de Alberto Rodríguez, e “El secreto de Marrowbone” de Sergio G. Sánchez.

Mas a secção oficial não acaba aqui! Projecções especiais: “Morir” de Fernando Franco (Espanha), “Au revoir là-haut” de Albert Dupontel (França), “Fireworks, Should We See It from the Side or the Bottom?”, filme de animação japonês de Akiyuki Shinbo, Nobuyuki Takeuchi e “Wonders of the Sea 3D” de Jean-Michel Cousteau, Jean-Jacques Mantello (Reino Unido – França).

Em próxima oportunidade falaremos de outras secções do Festival.

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