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Terça-feira, Dezembro 24, 2024

O “Vermelho” rompendo o “branco” da vida negra, Lissitzky

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

Devendo ler-se o vermelho da Revolução, o branco das forças imperiais e da reacção e o preto da tragédia escravocrata daquela sociedade, de El Lissitzky. Foi um artista, designer, fotógrafo, tipógrafo e arquitecto russo.O CONSTRUTIVISMO RUSSO propõe uma arte abstracta, geométrica e autónoma, seguindo uma estética anti-naturalista, de ordem matemática, criando uma conexão entre Arte e tecnologia. Valoriza a construção da obra em oposição à composição. Tornada objecto, a obra é materializada no espaço em busca da utilidade, da técnica, da engenharia e dos novos materiais.

Lissitzki foi um maestro da propaganda e importante intelectual russo, com experiência de contactos com o exterior, uma vez que estudou na Alemanha e viveu na Suiça, visitou Paris e percorreu a Itália. É uma referência do design gráfico tridimensional, mas principalmente na produção de cartazes e livros.

Juntamente com o poeta futurista V. Maiakovski, criou e fez avançar uma nova estratégia para a comunicação, que se situava no aproveitamento da tipografia, além de ter desenvolvido um projecto muito ambicioso de alfabetização estética dos trabalhadores. Utilizou colagens e uma aprimorada técnica de fotomontagem, mesclada a uma estética tipográfica renovada.

El Lissitzky 1890-1041

Em russo, Ла́зарь Ма́ркович Лиси́цкий, conhecido pelo pseudónimo El Lissitzky . Artista, designer gráfico, fotógrafo, tipógrafo, arquitecto e docente. Fez parte da vanguarda russa dos anos 20 e 30.

O seu trabalho influenciou a Bauhaus, os Construtivistas e o De Stijl.

Lissitzky desenvolveu trabalhos em diversas disciplinas (incluindo a fotografia, a foto-montagem, o design de exposições, livros, portefólios e revistas), desde finais dos anos 20, quando iniciou o Abstract Cabinet, até 1941, quando morreu em Moscovo.

A sua obra influenciou e deu origem a importantes inovações na tipografia, fotomontagem, design de exposições e ilustração literária, sendo o autor de obras consagradas internacionalmente e veneradas pela crítica especializada. Manteve-se produtivo até ao leito de morte, onde viria a produzir, em 1941, um dos seus últimos trabalhos – um cartaz de propaganda soviética de mobilização para a construção de tanques para a guerra contra a Alemanha nazi.

 

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