História negra da medicina ajuda a explicar porque é que as mães negras estão a morrer em taxas alarmantes.
Os EUA são o país industrializado mais perigoso para dar à luz, e as disparidades raciais na mortalidade materna tornam ainda pior para as mulheres de cor. As altas taxas de mortalidade materna nos EUA continuam a ser um tema preocupante para os investigadores. O novo relatório da ProPublica (Nothing Protects Black Women From Dying in Pregnancy and Childbirth) aprofunda esta tendência alarmante. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), as mães negras que dão à luz nos EUA morrem três a quatro vezes mais do que as mães brancas. Essa é uma das maiores disparidades raciais na medicina hoje em dia.
Embora muitas das desigualdades na medicina possam ser atribuídas a factores económicos como o acesso a bons cuidados de saúde, os estudos demonstraram que os pacientes de minorias étnicas tendem a receber uma menor qualidade de atendimento do que as não-minorias, mesmo quando têm os mesmos tipos de seguro de saúde e a mesma capacidade de pagar pelos cuidados.
Para melhor entender esta questão, o jornal online Vox e a organização sem fins lucrativos ProPublica dão a conhecer algumas histórias sombrias da raça e da medicina feminina. Desde a experimentação de escravos da ciência médica às campanhas de esterilização forçada em comunidades negras e pobres, os vestígios de abuso continuam a perseguir o sistema médico e dar contexto às disparidades raciais actuais.
A história das mulheres negras é importante para a medicina.