A Catalunha está a votar. Poderão estas eleições alguma vez serem consideradas livres e democráticas? Com os principais lideres adversários na cadeia ou no exílio, dificilmente. Rajoy certificou-se de prender ou exilar os líderes dos Partidos pro-independência para garantir uma eventual vitória que, a acontecer, terá a expressão própria das vitórias eleitorais na Venezuela, que tanto critica, ou na Coreia do Norte.
Depois da violência do dia do referendum, a exibição musculada da Guardia Civil e da Polícia espanhola serve para manter a pressão e semear o medo entre os catalães trazendo-lhes à memória a brutalidade policial imposta por estas forças sobre os que queriam votar.
Também o poder económico e o status quo europeu foram rápidos a exibir o chicote mudando as sedes das grandes companhias para outras regiões e produzindo declarações ameaçadora fazendo, deste modo, uma inadmissível chantagem sobre os eleitores.
A resposta à pergunta acima só pode portanto ser uma. Qualquer que seja o resultado Rajoy, o discípulo dos Falangistas, forjou a impossibilidade da existência de eleições livres e democráticas na Catalunha.