Os timorenses são considerados um povo de artífices de grande qualidade. A tecelagem destaca-se no conjunto do artesanato que inclui também a cestaria, a ourivesaria, a olaria e a escultura. A indústria caseira de panos em teares tradicionais (gonguidi), manipulada por mulheres, pode levar duas semanas de trabalho.
O algodão depois de descaroçado em máquinas de madeira (Ledú) é fiado. As cores mais utilizadas na composição dos panos são o preto, o vermelho e o verde, respectivamente obtidas a partir de folhas do arbusto Táo, raízes de árvore Menuc e folhas de Mivem, as quais depois de pisadas e com um adicionamento de cal e água são cozidas em panelas de barro. As linhas são então introduzidas nesses líquidos, onde se conservam durante alguns dias a fim de tomarem os tons desejados (Cinatti, Almeida e Mendes, 1987).
A tecelagem timorense é vendida nos mercados tradicionais espalhados pelo país. Os panos (tais) são tão valorizados e originais nas cores e motivos que foram utilizados para decorar as paredes do interior do Parlamento Nacional.