A meditação e outras práticas muitas vezes parecem ser restritas às classes média e alta. No entanto, aqueles que passam pelo stress de dificuldades económicas, físicas e emocionais estão entre os que mais podem beneficiar.Estudos recentes mostram que alunos que lidam com os efeitos da pobreza em casa, tem dificuldades para a aprendizagem. Também podem sofrer problemas de saúde como diabetes e depressão, inflamação, níveis altos de tensão arterial, adrenalina e cortisol.
O mindfulness como exercício de respiração e o yoga ajudam a reduzir a ansiedade e aumentar o relaxamento e a atenção. É particularmente importante para alunos e até adultos que sofrem os efeitos traumáticos de drogas, morte na família, abuso e fome.
Tudo isto pode causar reduções cognitivas, transtornos pós-trauma e comportamentos que perpetuam desvantagens económicas. Crianças que crescem com trauma podem chegar a adultos mais doentes, com menos oportunidades e com longevidade inferior.
Por isso, é importante considerar os benefícios de equipar aqueles com menos vantagens não só com oportunidades e recursos convencionais financeiros e educacionais, mas também com ferramentas da consciência para o bem-estar físico e emocional, criatividade e auto-superação. O yoga e a meditação, por exemplo, não devem ser meros hobbies das classes média e alta. Podem ser ferramentas da justiça social.