Nos Estados Unidos, os sobreviventes do massacre de Parkland convocaram manifestações para combater o negócio criminoso das armas. Foi um apelo correspondido por milhões de pessoas de todos os cambiantes: idade, sexo, raça e diferentes opiniões políticas. Mas havia uma enorme maioria de jovens de 15, 16 anos confraternizando com ” Veteranos pela Paz”, restos de soldados das inúmeras guerras que essa curiosa democracia espalha sistematicamente pelo mundo.
Emma Gonzalez, iniciou o seu discurso com um silêncio de 6 minutos e 20 segundos, o tempo que durou o massacre de 14 estudantes e 3 professores. Exigiu novos regulamentos para as armas e afiançou que este acontecimento não era o fim da luta, era o princípio.
Coincidência curiosa na mesma data em 1962, milhares de jovens estudantes portugueses lutaram contra a ditadura fascista e a guerra colonial. Há dias, na casa do Alentejo um jantar comemorativo juntou cerca de 400 activistas dessa época. Foi um Encontro afectivo, libertário e esperançoso.
Todos esperamos que a luta se desenvolva e que crie condições políticas para que os Estados Unidos limpem o lixo e se transformem num país decente; aliás, o Papa já apelou a que os jovens se mobilizassem, e Bernie Sanders e outros, também aderiram a essa revolta.
Que essa data passe a ser assinalada como a marca fundamental do tão esperado caminho para a PAZ.
Foto: Leah Millis/Reuters