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João de Sousa

Segunda-feira, Dezembro 23, 2024

Com pompa, eis a circunstância!

A pompa não resulta de qualquer circunstância ocasional ou de vida.As pessoas interessadas é que lhe dão origem criando artificialmente condições ao “fabrico” das circunstâncias em que são fomentados, organizados e realizados os eventos em que o objetivo primeiro é o da pompa e só depois o objetivo social.

A pompa caracteriza-se pela farsa de uma grandeza irreal de um qualquer motivo nobre que se esvai na volúpia do oportunismo desenfreado e sem regras.

Do enaltecer a riqueza que a pobreza contém em vertentes como o são: a humildade, a cidadania e todo um conjunto de valores que em regra geral não estão presentes. Nem na pompa. Nem na circunstância. Nem nas intenções dos presentes. Porque aos presentes interessam exclusivamente os dividendos pessoais que do evento possam retirar. Sejam eles quais forem.

A pompa carateriza-se também pelo desplante com que por detrás de um sorriso resplandecente se encobrem hipocrisias dantescas. Para além do disfarce circunstancial que uma boa roupagem fornece tanto no domínio físico como no das intenções.

A pompa é uma forma doentia de certas pessoas se convencerem a si próprias de que são portadoras de requisitos para que não têm vocação rigorosamente nenhuma.

Um desses requisitos pretende ser o de serem portadores de saberes e sentires que nunca tiveram. Seja no domínio da política; da dependência; da diferença; da solidariedade; das artes; da cultura; da religião; das minorias étnicas; das comunidades emigrantes; e de tudo aquilo que se tem socialmente como sendo as causas que movem as sociedades. Sendo que, a existência de motivo para essas causas, são sempre o reflexo dos meandros dessas mesmas sociedades no seu atual estádio de desenvolvimento cultural.

Em suma: A pompa forja a forma da circunstância em que os parasitas melhor se movem.

Até porque, ao parasita, é sempre mais importante o hospedeiro, no caso a pompa, do que a circunstância, porque essa lhe está sempre à mão de semear uma vez que dispõe de todos os meios necessários para a forjar.

Há, como todos sabemos, uma quantidade infindável de interesses que ao se moverem em torno da pompa propiciam as condições necessárias às circunstâncias conjunturais que dão origem aos projetos sempre em favor de, mas que o citado de, raramente vê benefício. E quando o vê, já só consegue “saborear” em serviços precários, as migalhas sobrantes espalhadas pelos corredores dos palcos da pompa. Porque, da pompa e com pompa, só fazem parte os protagonistas que a circunstancia promove.

Quando não são as próprias circunstâncias a ter necessidade da pompa para projetarem para o seu exterior os interesses a si associados.

Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

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