Há caminhos para todos os gostos. Até para o Céu. Mas também há um caminho que fica no percurso que é o caminho do purgatório.
Uma espécie de paragem para purgar as almas e lhes retirar os pecados de forma a que depois de idas a banhos de agua benta possam ter autorização do Santo Pedro para no Céu poderem entrar. Pedro, o apóstolo, que foi, dizem os crentes cristãos, o primeiro pastor da igreja sobre cujo nome foi lançado a primeira pedra daquela que é hoje a cidade Estado epicentro da religião Católica em Roma. O Vaticano.
Mas também há o caminho para o inferno. Aquele que conduziu Jesus Cristo a uma colina. O monte Sinai. O monte onde o diabo, Satanás, tentou convencer Jesus de que tudo em volta era dele e que tudo lhe daria se à sua vontade se convertesse. “Vade Retro Satanás!” terá sido a frase com que Jesus Cristo repeliu Satanás e as suas tentações.
Demasiados caminhos para tentar descortinar aonde é que afinal nos conduzem. Que respostas terá cada um deles para o desconhecido. Um destino com caminho traçado desde o princípio da transformação, o do embrião, ou outra designação qualquer para o processo que trata a matéria e da sua transformação. Sendo que, para o raciocínio sobra a dúvida sustentada em outros caminhos que não foram abertos conducentes a que, depois de morto, morto está.
Depois, há a dúvida. A dúvida que cada um tem sobre o seu próprio Céu na terra. Se surgirá numa qualquer esquina sob o corpo de uma mulher. De preferência escultural embora até nesta vertente haja a dúvida porque o gosto é relativo.
– Eu, gosto do amarelo!
Se terá a forma da família desejada. Ou se terá a forma de uma aposta no euro milhões registado no quiosque aqui ao lado de que resultará uma boa maquia e as contrariedades seguintes mais os beneplácitos implícitos.
O caminho para o Céu é um caminho imaginário ao alcance de muitos, mas também, um caminho que outros tantos não conseguirão nunca, encontrar. E fica assim, apontado, um caminho alternativo para lado nenhum. Tão só porque o Céu não existe.
Temos assim a certeza de que um caminho para um local que não existe é um caminho interior. Construído no interior. Calcetado e calafetado no interior. Bem no interior. Uns chamam-lhe alma. Outros espírito. Outros, simplesmente, Fé.
Um caminho que transcende o caminhante e o leva ao infinito.
– Infinitamente bom: dizem uns.
– Infinitamente nada: dizem outros.
– Não sei sobre o que falam: dizem alguns.
Conclusão: temos os crentes; os agnósticos; os ateus; Mas temos também os dementes. Mas isso é conversa para outro caminho a caminho de outra coisa qualquer. Quiçá o caminho para o holocausto…
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90