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João de Sousa

Domingo, Julho 28, 2024

Abril

Poema inédito de Alice Coelho

Abril

Tenho a liberdade nos cabelos plantada
Em perfume inalada e fardas de crença
Flores enfiadas em cano de espingarda
E a esperança gravada num desespero
De anos passados em cânticos gloriosos
Sem sangue, sem espada, gritos furiosos

Tenho a liberdade nos cabelos plantada
A saudade das ruas de Lisboa invadidas
E um Abril adormecido em peito de fada
Com cravos vermelhos em mãos cheias
A democracia nas vozes do povo eleita
A frustração que é sentir que não foi feita

Tenho a liberdade nos cabelos plantada
Em vestido de luto num corpo desfalecido
À espera de um mês de Abril rejuvenescido

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