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Segunda-feira, Dezembro 23, 2024

O troglodita

Estátua de Sal
Estátua de Sal
Economista reformado. Trabalhou como Professor universitário na empresa FEUC - Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra de 1983 a 2014

Acabei de assistir ao Eixo do Mal. Daniel Oliveira ausente. Presentes Pedro Marques Lopes, Clara Ferreira Alves e um troglodita, Luís Pedro Nunes de seu nome. O assunto era a avaliação da transmissão pela SIC e CMTV dos vídeos do interrogatório a José Sócrates.Marques Lopes e Clara, tendo ambos professado que consideram que Sócrates é culpado – na sua avaliação pessoal, pelo menos, e para já, no plano ético -, defenderam os formalismos do Estado de Direito, consideraram a transmissão das televisões um espectáculo de pornografia em horário nobre, um crime previsto no Código Penal a exigir investigação rápida e aprofundada, culminando nas previstas sanções legais. E foram os primeiros a pronunciar-se.

Qual o meu espanto quando o Nunes começa, em gesticulação de possesso, a largar as maiores alarvidades que tem sido dadas à estampa em televisão nos últimos tempos. Que a SIC tinha feito muito bem. Que as “peças” tinham sido muito bem feitas e que tinham um relevante interesse jornalístico. Que os crimes eram de tão alto coturno, sendo Sócrates o grande destruidor do país, pelo que era perfeitamente justificável a decisão das televisões. E bateu o pé aos seus colegas de programa quando estes o interpelaram e contradisseram.

Ó Nunes, que tu eras um parvinho, uma espécie de bobo do Eixo, já todos nós sabíamos. Que desças tão baixo, que queiras colocar o Estado de Direito debaixo do tapete para dares vazão à tua conhecida fobia a Sócrates – uma espécie de caso clínico a necessitar de urgente tratamento -, ultrapassou todos os limites. Tu, afinal, és um troglodita. Só te falta o machado de sílex para atacares ursos, como se estivesses no tempo da barbárie e da pedra lascada.

Não é que não suspeitasse, mas confirmei, as razões pelas quais te é dado tanto tempo de antena. És uma voz ausente de princípios, um personagem de ópera bufa, vazio, e pronto colocares o teu latim de gago que se baba ao serviço de quem te paga as mordomias.

E falas tu do Sócrates ter destruído o país. O que destrói o país e corrói o nosso desígnio colectivo é pulularem por aí chusmas de tipos como tu, sem cerviz nem neurónios que se vejam, tipos que defendem o regresso à barbárie, à terra sem lei, e que da civilização tem apenas um verniz postiço à flor da pele.

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