«Composition with Gray and Light Brown», de Piet Mondrian… e o Neo Plasticismo.
A Arte diz o indizível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”
É o que me parece perante a obra do pintor holandês, que não me conta entre os seus entusiastas.
Cresce, enquanto jovem pintor, numa glorificação de tendência nacional, assaz convencional. Todavia, irá célere, interpretar algumas especificidades, como seja a forma vivencial de uma espiritualidade interiorizada por uma profunda unidade, que, já sabemos, o encaminha para a meditação, para a reflexão mental. Ao contrário da exuberância cromática encantatória (?) de Van Gogh e da fortaleza da esplanação contrastante dos Fauve, Mondrian vai reduzir, aos poucos, a sua paleta, restando-lhe somente as cores primárias.
O pintor exalta a sua divisa regente; sentir, reflectir e exprimir. Pictoricamente nada poderá suplantar esta tripla proposição. É desta forma auspiciosa da razão que, para além do desenho com cores primárias, as linhas se tornam entrançadas numa diferente reprodução de comprimentos de onda para criar profundidade.
Piet Mondrian 1872-1944
Pieter Cornelis Mondrian, geralmente conhecido por Piet Mondrian, foi um pintor holandês modernista, e o fundador da corrente artística conhecida como neoplasticismo.
Principais características:
- Obra influenciada pelo pensamento teosófico
- Obra também influenciada pelo naturalismo e impressionismo
- Destacou-se com obras abstractas geométricas, principalmente trabalhando com formatos rectangulares
- Utilizou cores primárias (vermelho, azul, branco, preto, amarelo), considerava-as como as cores elementares do Universo
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