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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Pessoas felizes fazem melhor e por mais tempo

Joaquim Ribeiro
Joaquim Ribeiro
Jornalista

O núcleo do Oeste da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) organizou mais um jantar debate no Convento do Varatojo, em Torres Vedras. O convidado desta sessão foi Diogo Alarcão, CEO da Mercer Portugal, empresa de consultoria nas áreas da saúde, seguros, pensões e investimentos.Diogo Alarcão falou sobre o denominado VUCA World (Volatile, Uncertaint, Complex and Ambiguous) ou, em português, Mundo VICA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo). O palestrante referiu-se a este conceito, segundo o qual tudo está a mudar a uma velocidade vertiginosa, relacionando-o com a vida empresarial moderna e o desafio de ser cristão. “Não podemos ser cristãos só ao domingo ou apenas até à entrada da nossa empresa”, referiu Diogo Alarcão.

“A forma como está organizado o trabalho e a como trabalhamos está a ter uma evolução muito rápida”, disse o orador. VICA surgiu de um termo militar dos EUA, usado para descrever a nova ordem mundial que se instaurou após o fim da Guerra Fria.

Aquilo a que estava habituada a Geração X (nascida nos anos 1960 até 1981), após a Geração Baby Boom e antes da Geração Y, de ter um emprego para toda a vida com um contrato de trabalho sem termo, está a mudar. “No Mundo VICA os jovens percebem que não precisam de estar dentro de uma empresa para prestarem serviços de acordo com as suas competências”, esclareceu o palestrante, referindo-se à nova vaga geracional, a Geração Z (nascida a partir dos finais dos anos 1990), também conhecida por “nativos digitais”, que já nasceram na era da internet e dos smartphones. Por isso Diogo Alarcão advertiu que “as empresas têm de estar preparadas para esta nova forma de trabalhar”.

O futuro aproxima-se muito rapidamente. Daqui a dois ou três anos há 30 por cento das competências atuais que vão ser irrelevantes e, no entender de Diogo Alarcão, “não se sabe ainda quais, mas estarão relacionadas com as rotinas, que podem ser substituídas pela automação e pela robótica”.

Há diversos valores que são cada vez mais importantes numa empresa. Os recursos humanos passam a chamar-se “gestor de pessoas”. Cada vez mais são ultrapassados facilmente os sentimentos de culpa pelo erro e é introduzido no léxico empresarial o “amor” e a “felicidade”, porque, na opinião de Diogo Alarcão, “pessoas felizes fazem melhor e por mais tempo”.

A inteligência emocional será um das dez competências de topo aqui a poucos anos, disse o palestrante, acrescentando que “o líder que conseguir ter mais empatia e capacidade de escutar os outros será aquele que vai estar mais bem preparado para o mundo VICA, assim como saber promover as relações interpessoais e perceber as emoções”.

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