Diante da flagrante violação aos direitos e garantias individuais, denunciada por diversas lideranças políticas, nacionais e internacionais, a 12ª Vara da Justiça do Paraná autorizou o teólogo e escritor Leonardo Boff a vistar o amigo e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (7).
Na data em que o ex-presidente completa um mês de prisão, Boff conseguiu entrar na sede da Polícia Federal em Curitiba, depois de ter sido barrado e ter ficado sentado na porta sob forte sol, numa imagem que rodou o mundo, simolizando o desrespeito aos direitos do ex-presidente.
“Negaram a minha humanidade e a humanidade do Lula”, afirmou Boff em sua primeira tentativa com os olhos cheio de lágrimas. Diante da negativa da Justiça, sentou-se em frente ao prédio da PF e protagonizou uma imagem, registrada pelo fotógrafo Eduardo Matysiak, que rodou o mundo.
Leonardo foi barrado no mesmo dia em que o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel esteve na sede da PF para vistoria a prisão onde Lula se encontra. Uma comitiva de deputados federais também foi barrada pela juíza, apesar da lei dar garantia aos parlamentares para vistoriar o local mesmo sem autorização judicial.
Ao sair, Boff conversou com os jornalistas e os manifestantes acampados em vigília. Disse que Lula está forte, mas que “vive numa solitária”.
Ele tem dois sentimos que mexem muito com ele. O primeiro é a quantidadade de mentiras que o juiz Moro divulga diarimanete. O segundo ponto é que ele é candidatíssimo e só renuncia quando o Moro apresentar uma única prova contra ele”
O frei disse ainda que o ex-presidente reafirmou a sua disposição de lutar. “O sentido da minha vida é luta, disse Lula”, contou.
A autorização da entrada de Boff foi acertada pela defesa de Lula, que enfatizou que o ex-presidente poderia receber a visita do teólogo como uma “assistência religiosa”.
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado
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