Todos os 34 bispos chilenos apresentaram uma carta coletiva de demissão ao Papa Francisco depois de um encontro que durou três dias com o Vaticano sobre a os casos de abusos sexuais no Chile que vieram à tona recentemente.
A carta coletiva foi entregue nesta sexta-feira (18). Agora o papa pode decidir aceitar a demissão coletiva ou julgar caso a caso separadamente. Os bispos são acusados de queimar documentos, ignorar denúncias e negligenciar vítimas.
“Pusemos as nossas posições nas mãos do Santo Padre e vamos deixá-lo decidir livremente sobre cada um de nós”, disseram os bispos no documento oficial onde desculpa ao Chile, às vítimas dos abusos e ao Papa pelo escândalo.
O caso vem sendo investigado pelo Vaticano ao longo dos últimos meses. Nesta semana, a instituição religiosa emitiu um documento detalhado sobre o escândalo onde afirma que foram cometidos “graves erros” no país sul-americano na forma de lidar com os casos de pedofilia.
Depois deste dossiê, os 34 bispos foram convocados a estsiveram com o Papa entre os dias 15 e 17 de maio para discutir os erros e omissões durante a gestão do escândalo de abusos sexuais.
Este escândalo devastou a credibilidade da Igreja no Chile, um país anteriormente predominantemente católico, além de ter afetado a imagem do Sumo Pontífice que chegou a defender o bispo Juan Barros, acusado de encobrir os casos de abuso. Porém, após a investigação o papa voltou atrás e pediu desculpas às vítimas, disse ainda estar “profundamente envergonhado”.
Barros é acusado de encobrir os crimes do padre Fernando Karadima, que aos 87 anos nega todas as acusações contra ele. Ele é acusado de ter abusado de quatro crianças desde os anos 80.
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado
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