O mercado recebeu mal os termos da absorção da Embraer pela Boeing. As ações da Embraer despencaram 12%, um movimento pouquíssimo comum para situações desse tipo.
O mercado recebeu mal os termos da absorção da Embraer pela Boeing. As ações da Embraer despencaram 12%, um movimento pouquíssimo comum para situações desse tipo. Uma das explicações é a “porosidade” das negociações e do texto contratual, além dos riscos políticos a que ele está exposto.
A fragilidade das conversas, a precipitação, a falta de clareza, o ano eleitoral e o evidente subpreço tornaram o mercado uma usina de desconfiança diante de uma venda polêmica e mal conduzida. A leitura imediata é que o mercado não processou a venda a empresa e que ela pode ser desfeita tão logo se restitua um governo legítimo no país.
Talvez não houvesse como ser diferente a essa altura, mas o fato é que não se sabe exatamente como ficará a futura velha Embraer, aquela que tem ações negociadas em Bolsa. O prazo de até 18 meses de negociação também a deixa vulnerável ao humor do próximo presidente. Presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT) já se colocaram contra o acerto.
Após ser aprovado pelo Conselho de Administração da empresa, é improvável que o negócio possa ser anulado, mas uma oposição política do Planalto teria efeito desastroso sobre o valor da empresa. Se o acordo realmente decolar com a bênção do governo, será feita a excisão da divisão mais lucrativa da fabricante.”
Leia mais em Perguntas sem respostas e riscos políticos azedam anúncio do negócio.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado
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