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Sábado, Julho 27, 2024

Alunos de escola agrícola contam experiências no estrangeiro

Joaquim Ribeiro
Joaquim Ribeiro
Jornalista

A Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal (EPAFBL), em Runa, Torres Vedras, organizou as jornadas “Aprender sem Fronteiras”, com palestras ligadas à viticultura e experiências de alunos em França e Itália.

Estas jornadas surgem do encontro de várias oportunidades e saberes, nomeadamente as experiências vividas e as aprendizagens concretizadas por 20 alunos e quatro professores no âmbito do projecto Erasmus+.

O auditório esteve cheio para ouvir a partilha de experiências de alunos dos cursos de Técnico de Viticultura e Enologia, nomeadamente dois grupos que estiveram noutras escolas europeias congéneres durante 15 dias, em Lyon (França) e em Todi (Itália), também conhecidas como regiões com uma forte influência da vinha e do vinho.

Na abertura do evento o director da EPAFBL, Luís Carlos Lopes, reforçou a necessidade de fazer parcerias na área do vinho, aproveitando o facto de Torres Vedras e Alenquer serem a Capital Europeia do Vinho em 2018. Sobre o projecto Erasmus+, sublinhou que desde 1992 que a escola desenvolve a ideia de levar ao exterior grupos de 10 ou 12 alunos, de forma que durante os três anos do curso todos tenham tido a oportunidade de viver uma experiência dessa natureza.

Laura Rodrigues, professora da EPAFBL antes de ser vice-presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, destacou a necessidade de haver criatividade em todas as áreas de actividade, incluindo o vinho e a vinha. Há 30 anos abriu nesta escola o primeiro curso de vitivinicultura e durante anos não houve inscrições, porque havia uma imagem negativa da actividade, associada a trabalho duro e mal pago”.

Mas, acrescentou, “o vinho passou a estar associado ao glamour, mudou de imagem, deixou de estar relacionado com o mundo rural e ficou mais cosmopolita, graças às escolas profissionais e aos cursos de enologia nas universidades”. Com esta comparação Laura Rodrigues pretendeu vincar a necessidade de se investir na formação, porque, defendeu, essa mudança de mentalidade aconteceu graças ao conhecimento adquirido e transmitido aos outros.

Como oradores intervieram dois convidados e um docente da EPAFBL, que falaram sobre a importância da viticultura e da enologia para o desenvolvimento socioeconómico da região. Vítor Napoleão falou da sua experiência como empresário vitícola, presidente da Associação de Agricultores de Torres Vedras e director da Associação para a Valorização Agrária.

Fernando Santos, professor no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, apresentou alguns dados do seu estudo monográfico da Região Vitivinícola de Torres Vedras entre 1850 e 1986. Finalmente, Luís Tiago Carvalho, professor e antigo aluno da EPAFBL, apresentou dados estatísticos defendeu estratégias para que a região de Lisboa possa produzir mais vinho mantendo ou aumentando a sua qualidade.

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