Libertação de adolescente palestiniana Ahed Tamimi é agridoce com tantas outras crianças a definhar nas prisões israelitas.
A libertação da adolescente palestiniana Ahed Tamimi, presa pelas forças militares israelitas por ter empurrado, esbofeteado e pontapeado dois soldados fortemente armados e que envergavam equipamento protector, é uma boa notícia mas serve também para lembrar que Israel continua a violar os direitos humanos das crianças palestinianas, sustenta a Amnistia Internacional.
Ahed Tamimi, de 17 anos, foi liberta este domingo, 29 de Julho, 21 dias antes de terminar a pena de oito meses de prisão a que foi condenada na sentença injusta proferida pelo tribunal militar em Ofer, na Cisjordânia ocupada por Israel.
Este é um momento de enorme alívio para os entes queridos de Ahed Tamimi, mas essa alegria é amargada pela injustiça do seu encarceramento e pelo facto sombrio de que tantas crianças palestinianas ainda estão a definhar em prisões israelitas, muitas sem terem cometido nenhum crime como tal definido na lei”.
A libertação de Ahed Tamimi, prossegue o perito da organização de direitos humanos, “não pode permitir esquecer a continuada e habitual história do uso de políticas discriminatórias pelo Exército israelita para prender crianças palestinianas”. “A injusta prisão de Ahed Tamimi deve é fazer-nos lembrar como a ocupação feita por Israel lança mão de tribunais militares arbitrários para punir quem ouse confrontar a ocupação e as políticas de expansão dos colonatos ilegais, independentemente da idade”.
Centenas de crianças palestinianas continuam a enfrentar os abusos e as difíceis condições do sistema prisional de Israel, que faz vista grossa aos princípios de justiça juvenil e aos padrões de tratamento que é devido aos presos”.
Veja comunicado da Amnistia Internacional: Libertação de adolescente palestiniana Ahed Tamimi é agridoce
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