Os portugueses não querem retórica vazia e partidária de pseudo-Messias políticos que servem o sistema “pay-to-play” evidentes nos governos alternantes dos partidos dominantes das últimas décadas.
A nação precisa formas concretas e viáveis para reverter o caminho neoliberal sinistro das últimas décadas (poder concentrado nas grandes empresas) sem retornar aos erros comunistas (poder concentrado em no Estado central). Que podemos fazer, como cidadãos, para abrir o caminho para uma democracia vibrante com uma economia justa e sustentável?
Tal como a Internet é uma rede de-centralizada de informação e as redes energéticas inteligentes, também são de-centralizadas, o poder e dever de decisão e fiscalização das grandes decisões orçamentais e políticas devem ser de-centralizadas – deixando para associações destas regiões temas de colaboração nacional (e.g. defesa, relações internacionais).
Aqui apresentamos 10 tipos de acções que você pode tomar para promover o poder e prosperidade local ou comunitário, contribuindo para a justiça sócio-económica e a (sua e nossa) independência da ditadura da Banca do medo, do materialismo, da divisão e da distracção. Cidadãos independentes podem criar livres associações nas comunidades e a nível dos municípios ou super-conselhos que podem ser o novo centro de gravidade do poder.
Os Portugueses sabem que os partidos do arco do poder apresentaram-se incapazes de resistir os seus amos – os poderes anti-democráticos e anti-sociais que durante 4 décadas compraram a sua influência facilmente – um fenómeno observado em por todo o mundo. Alterna o partido no poder, mas o poder real por detrás de ambos não muda, e as tendência nocivas avançam até ao precipício. Os órgãos democráticos, distantes do povo, acabam por ser pouco democráticos.
É evidente que o problema não é só partidário ou político. É um problema sistémico, global, e estrutural relacionado ao poder político que responde fortemente ao poder económico. Se não fosse o caso, não verificamos que as tendências seguem enquanto os partidos alternam sem visão a longo termo, despreparados para as novas realidades — novos riscos e oportunidades do século XXI.
Claramente, não podemos esperar que os “líderes” nacionais de sempre lutem contra os seus interesses egoístas. Se não gostamos de sistemas que falharam – o capitalismo corporativo e comunismo estatal – o que podemos fazer? Existe algum caminho em direcção a uma politica mais verdadeira, democrática, igualitária e ecologicamente sustentável?
Na verdade, há muito que uma pessoa pode fazer individualmente e em conjunto com familiares, colegas e vizinhos. Experiências em todo o mundo já se concentram em acções concretas que apontam na direcção de uma visão mais ampla de mudança sistémica de longo prazo – especialmente o desenvolvimento de instituições económicas alternativas. Escolha pelo menos uma destas 10 vias de acção concreta e poderá ter um grande impacto no resgate do nosso país:
1. Democratize o seu dinheiro! Ponha o seu dinheiro em uma cooperativa de crédito – em seguida, participe de sua governança. Não encontra uma boa? Ajude a criar uma. Conheça mais a cerca de novas tecnologias como o “block chain” usado pelo bitcoin e a faircoin e novas políticas de criação de dinheiro soberano como o Positive Money (Dinheiro Positivo).
2. Aproveite o momento: seja um trabalhador-empresário! Ajude a criar uma cooperativa de trabalhadores ou encorajar as empresas interessadas em fazer a transição para empregados proprietários e adoptar normas e contributos sociais e ambientais como parte de suas missões. Do País Basco até o Cleveland, vemos cada vez mais companhias de gestão e propriedade dos próprios trabalhadores, com provisões pró-comunidade e pró-ambiente. Mais democracia no trabalho, onde passamos tantas horas, pode encorajar mais democracia na governação local e nacional.
3. Recupere a Democracia Local: Exija orçamentos participativos no Governo Local! É mais difícil gastar dinheiro público nos Boys com auditoria civil.
Organize sua comunidade para que os gastos do governo local sejam determinados por deliberações de bairro, freguesia, e municipalidades inclusive sobre as principais prioridades – a nível nacional, será ainda mais impactante.
4. Incentive as agências locais a fazem a sua parte!
Motive as instituições sem fins lucrativos, como universidades e hospitais (“instituições ancoras”) a usar seus recursos para combater a pobreza, o desemprego, e o aquecimento global, inclusive comprando seus produtos e serviços através das empresas cooperativas.
5. Recupere o seu bairro com o Desenvolvimento Democrático – Faça campanha pelo poder comunitário através da aquisição e desenvolvimento económico de terrenos na comunidade pelos governos e associações locais.
6. Dinheiro público para o bem público! Organize a comunidade para usar finanças públicas para o desenvolvimento da comunidade.
Para construir um sector financeiro que funcione para o bem público, comece a organizar a nível da junta, da cidade, município para garantir que os fluxos de capital públicos passem por meio da comunidade ou bancos públicos – una-se a um movimento cívico.
7. Não consinta e permita que as suas poupanças alimentem o poder das mega-empresas e da banca que compram os políticos! Lute por oportunidades de investimento responsável.
8. Defenda a democratização da produção de energia para criar uma economia verde e de-centralizar o poder! Ajude a desenvolver uma rede de produtores públicos de energia e de cooperação para combater as mudanças climáticas – e o poder concentrado e corrupto das grandes empresas de energia. Lute contra a privatização dos bens comuns, especialmente da água, em conjunto com cidadãos de toda a UE, excepto em formas que beneficiam o público e com seu consentimento.
9. Mobilize as comunidades cívicas e espirituais! Incentive sua organização religiosa, espiritual ou comunitária para mover seu dinheiro para uma instituição financeira local envolvida no desenvolvimento da comunidade. No caso da Igreja Católica, é bom lembrar que o movimento cooperativo foi em grande parte inspirado por sua teologia social. A maior empresa cooperativa do mundo, a Mondragon, foi inspirada por um padre católico para superar as injustiças e precariedade da ditadura de Franco. A religião, a espiritualidade, a ciência e filosofia da consciência podem ajudar a tratar os males-raiz que geram as atitudes, valores e padrões de comportamento que sustentam a crise.
10. Arranje tempo para a Democracia! Participe de partidos e movimentos que apoiem estas propostas. Organize-se com seus vizinhos, colegas, amigos e familiares para pressionar os eleitos a seguir estas propostas.
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