Tânia Reis Alves nasceu em 1984. O seu percurso de jornalista iniciou-se em 2006 tendo colaborado, entre outros, com o desaparecido Jornal de África (um suplemento do Público). Em 2008 muda-se para a RTP África onde desenvolveu uma intensa actividade editorial.
Em 2017, publicou A Minha Pátria é Moçambique.
Entrevista
O que é para si a felicidade absoluta?
Existirá tal coisa? O mais próximo desse estado ideal talvez seja o estar grato por aquilo que temos de bom, o saber apreciar o momento e o estar em paz e rodeado de quem amamos e nos devolve esse amor.
Qual considera ser o seu maior feito?
Nunca ter desistido nas alturas em que o poderia ter feito.
Qual a sua maior extravagância?
Jantar fora demasiadas vezes.
Que palavra ou frase mais utiliza?
“OK” e “boa!”.
Qual o traço principal do seu carácter?
São dois e contraditórios entre si: força e fragilidade.
O seu pior defeito?
Sou demasiado exigente comigo mesma.
Qual a sua maior mágoa?
Tenho a felicidade de ter chegado aos 34 sem mágoas e esforço-me para que assim seja.
Qual o seu maior sonho?
Chegar o mais perto possível da tal felicidade absoluta, que acredito ser uma impossibilidade. Viver em amor, tranquila e sem pressas.
Qual o dia mais feliz da sua vida?
Terei dado por ele? O dia do lançamento do “A Minha Pátria é Moçambique” foi um dos mais felizes dos últimos tempos. Estava rodeada das pessoas de quem mais gosto e senti que elas estavam verdadeiramente felizes por mim.
Qual a sua máxima preferida?
Não é exactamente uma máxima, mas ser fiel àquilo que sinto. É uma missão nem sempre fácil.
Onde (e como) gostaria de viver?
Num local pequeno rodeada de árvores de fruto, livros e perto do mar e a trabalhar apenas quando e naquilo que entendesse.
Qual a sua cor preferida?
Não sei se serão as minha cores preferida, mas os azuis do céu e do mar são as cores que mais gosto de contemplar.
Qual a sua flor preferida?
Brincos de princesa. Havia-os (e ainda os há) plantados por todo o lado nas férias da minha infância na aldeia da minha mãe.
O animal que mais simpatia lhe merece?
O cão pelo companheirismo e capacidade de estabelecer relações de fidelidade e amizade.
Que compositores prefere?
O que conheço melhor: Ludovico Einaudi.
Pintores de eleição?
Tantos… Amadeo de Souza-Cardoso, Paula Rêgo, Degas, Van Gogh, Manet, Klimt, o incontornável Picasso…
Quais são os seus escritores favoritos?
Saramago, Eça, Vargas Llosa e tantos outros por que me apaixono às vezes lendo uma única obra.
Quais os poetas da sua eleição?
Leio muito pouca poesia. Dos portugueses gosto da clareza das coisas do Alberto Caeiro.
O que mais aprecia nos seus amigos?
O estar lá sempre e o sentido de humor nas horas mais improváveis.
Quais são os seus heróis?
Pessoas que se cruzam comigo na rua todos os dias, pessoas de coragem e com o coração no sítio certo, como os meus avós maternos, que aos 45 anos deixaram de andar descalços numa aldeia rodeada de montes e decidiram percorrer uma estrada que ainda não existia mas que os trouxe até Lisboa, onde começaram uma nova vida do zero.
Quais são os seus heróis predilectos na ficção?
Aqueles que não são completamente bons e que são, por isso, mais humanos e tangíveis.
Qual a sua personagem histórica favorita?
Há muitas pessoas que nos deixaram um mundo melhor e que admiro. Não há nenhuma que me ocorra imediatamente, mas em Portugal, por exemplo, todos os que lutaram pela liberdade.
E qual é a sua personagem favorita na vida real?
A minha irmã.
Que qualidade(s) mais aprecia num homem?
Força, inteligência e sentido de humor.
E numa mulher?
Elegância e inteligência.
Que dom da natureza gostaria de possuir?
Voar.
Qual é para si a maior virtude?
Generosidade.
Como gostaria de morrer?
Na minha cama durante o sono e sem sofrimento.
Se pudesse escolher como regressar, quem gostaria de ser?
Uma versão melhorada de mim mesma com o exterior em versão Charlize Teron.
Qual é o seu lema de vida?
Aprender sempre.
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