A Igreja Católica tem que evoluir e adaptar-se aos novos tempos. O Papa Francisco está a ser criticado e contestado, mas ele é que está certo e não sei se vai conseguir mudar este estado de coisas dentro da Igreja.
A Igreja parece que parou no tempo e vive num mundo à parte. É pena pois cada vez tem menos seguidores e crentes. A Igreja mantém um machismo institucional da Idade Média não aceitando mulheres na sua hierarquia. O celibato é um voto obrigatório, que não faz sentido, assim como a pobreza e a obediência.
Mas tem vantagens, pode-se pecar, a seguir confessamo-nos e estamos salvos. O perdão divino limpa todos os pecados depois de rezar umas avé-marias!
A Conferência Episcopal da Austrália recordou esta semana para quem estivesse distraído que: “os confessores não podem ser forçados a revelar delitos”. Se houvesse confissão seria contra a fé e a liberdade religiosa.
Compreende-se, na Austrália os casos de pedofilia na Igreja atingem cerca de 7% dos sacerdotes que trabalhavam entre 1950 e 2010 que estão implicados em abusos sexuais. Em alguns lugares chegou a 15%.
O direito canónico considera o segredo de confissão, algo inviolável sob pena de excomunhão.
Infelizmente está-se a respeitar o segredo do pecador, mas não o pecado de quem o praticou – abusar de crianças.
Neste caso, a legislação civil deveria sobrepor-se ao da Igreja que permite a sua dispensa.
Dever-se-ia ter em conta o direito penal e não o direito canónico, de forma a proteger as vítimas de crimes e poder perseguir os delinquentes.
A Igreja ignora os sinais que a sociedade lhe está a dar, que exige que se faça justiça.
Por este andar cada vez há menos católicos, muitos dizem-se católicos não praticantes, mas a Igreja já nada lhes diz. A batalha moral começa a ficar perdida.
Encobrir sacerdotes acusados de pedofilia é horrendo e inexplicável para a maioria da opinião pública.
Parece que ser católico dá jeito, pode confessar e nada lhes acontece. O pior são as vítimas…
Um crime de pedofilia (abuso sexuais de crianças) não pode ter perdão e deve ser punido exemplarmente, é horripilante, assustador, tenebroso e medonho.
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