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João de Sousa

Sábado, Julho 27, 2024

Quem matou Marielle Franco?

Amnistia Internacional Portugal e Mônica Benício levam milhares de vozes em defesa da activista de direitos humanos Marielle Franco ao embaixador do Brasil.

Publicamos na íntegra o comunicado da Amnistia Internacional:

A Amnistia Internacional Portugal é recebida esta terça-feira, 25 de Setembro, pelo embaixador do Brasil em Portugal, ao qual a organização de direitos humanos apresentará a petição sobre o caso do assassinato da activista e deputada brasileira Marielle Franco, morta a tiro no Rio de Janeiro em Março passado, e cuja investigação continua sem produzir resultados visíveis sobre quem a matou e quem a mandou matar. Esta entrega será feita em mãos pela viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, que se encontra em Portugal a convite da Amnistia Internacional.

A delegação da organização de direitos humanos é formada pelo director executivo, Pedro A. Neto, por Ana Farias Fonseca, coordenadora de Campanhas da Amnistia Internacional Portugal, por Mônica Benício e por Andrea Florence, coordenadora de Campanhas e Comunicação da Amnistia Internacional Brasil. Esta comitiva é recebida pelo embaixador do Brasil em Portugal, Luiz Alberto Figueiredo Machado, a partir das 16h de 25 de Setembro, na Embaixada do Brasil em Lisboa.

Incansavelmente, a organização de direitos humanos bate-se há meses para que seja garantida uma investigação urgente, detalhada e imparcial ao assassinato da defensora de direitos humanos Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, mortos a 14 de março passado. Em petição, dirigida ao Presidente brasileiro, Michel Temer, a Amnistia Internacional insta também a que sejam tomadas todas as medidas necessárias para evitar ataques futuros contra quem defende os direitos humanos no Brasil, como o fazia Marielle Franco – incluindo através da reactivação do programa de protecção de defensores de direitos humanos naquele país.

Esta petição conta já com quase 2 300 assinaturas só em Portugal – perto de metade recolhidas no período de 21 a 23 de Setembro, enquanto decorria o Festival Iminente, em Lisboa, no qual o renomado artista urbano português Vhils apresentou o seu novo mural em homenagem a Marielle Franco. Por todo o mundo a petição da Amnistia Internacional sobre este caso foi assinada por pelo menos 200 mil pessoas, em 14 países.

Marielle Franco era uma corajosa defensora de direitos humanos no Brasil, de 38 anos, nascida e criada no Complexo da Maré, mulher, negra, lésbica, socióloga e a quinta vereadora mais votada em 2016 de entre 1600 candidatos nas eleições do Rio de Janeiro. Nomeada relatora especial do comité que supervisiona a intervenção federal e a militarização da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, não baixava a cabeça nunca na luta contra a violência policial e o racismo no país, defendo sem vacilar as mulheres, homens e crianças das favelas – e sempre com um enorme sorriso, uma força inspiradora e um empenho insuperável.

A memória e extraordinário legado de Marielle Franco são celebrados pela Amnistia Internacional também no contexto da campanha global BRAVE, pela protecção dos defensores de direitos humanos.

 

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