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Domingo, Dezembro 22, 2024

Paul Bauduin, ou por que os economistas de mercado adoram o fascismo

“Os “mercados” podem operar perfeitamente em regimes autoritários, democracia é bom para pobres, para os “mercados” (ou “grande capital” como diria Guerin) é indiferente no mínimo”.

A história da França de Vichy sempre me fascinou, desde os anos 60, coleciono livros sobre o período para entender o abismo politico que a França tenta esquecer.

Vichy é a prova de que países não desaparecem, não quebram, não acabam, apenas decaem.

Como foi possível a França de Luis XIV, o país que criou o Estado Nacional na Era Moderna, com personagens do porte dos Cardeais de Richelieu e Mazarin, o pais das glórias do Imperador Napoleão e do maior diplomata do Século XIX, o Principe de Talleyrand, como foi possível esse pais poderoso e imperial, símbolo do Estado forte se entregar de forma vexatória à dominação alemã? Não foi uma simples derrota militar, foi um rendição humilhante para o mundo, depois de uma luta apenas para constar, dois terços das armas francesas não foram usadas na campanha de 1940, quando a França se rendeu docemente. Mas o pior veio depois, a colaboração consentida e alegre com o conquistador. A saga de Vichy é uma lição de História, do que pode acontecer a países em situações muito especiais.

No quadro maior da rendição despontaram personagens sinistros prontos a servir aos alemães e que deixaram no registro da História sua triste biografia , entre tantos outros o maior deles, Pierre Laval, depois Camille Chatemps, o Conde Fernand de Brinon, que se dispôs ser Embaixador da França em Paris junto ao Comando Alemão, Marcel Deat, o Almirante Darlan, Raphael Alibert, o General Maxime Weygand, derrotista com pose de vencedor, Phelippe Henriot, o líder fascistoide disfarçado de patriota Charles Maurras e muitos mais. A “colaboração” com os alemães foi ampla na alta sociedade francesa, temerosa dos movimentos populares. Afinal o grupo politico do Front Populaire tinha conquistado o governo em 1936 com um programa de esquerda, para horror da elite financeira e industrial francesa representada pelo Comité des Forges e pelas famosas “200 famílias de França”, a nata do capitalismo francês, mesclada com a alta moda e a aristocracia de sangue dos salões, até o pretendente Orleans ao trono, o Conde de Paris, flertou com os alemães em busca de uma possível restauração, já a alta costura viu um novo mercado se abrir com as esposas dos oficiais alemães, Coco Chanel inclusive se amarrou em um oficial SS como companheiro.

A colaboração foi um fenômeno único por sua dimensão na Europa nazificada. Houve colaboradores em outros territórios conquistados pelos alemães, mas em nenhum Pais na escala do que aconteceu na França, onde os restaurantes durante a ocupação estavam lotados pela burguesia local se banqueteando lado a lado com generais alemães com quem trocavam gentilezas e sorrisos, afinal os alemães “nos salvaram do comunismo”.

Nesse grande quadro que a França de hoje faz tudo para apagar do implacável arquivo da Historia, foi esquecido por historiadores o papel central do “economista a serviço dos alemães”, um notável personagem cujos contornos psicológicos mostram o extraordinário perigo do “ economista eficiente” ou “economista de mercado”. Mas a servilo de que causa? Baouduin era eficiente, organizado, racional  mas a serviço do inimigo, do ocupante, do invasor, representava no contexto o economista que sob a capa da racionalidade presta seus serviços ao poder de ocasião, a qualquer poder, sem noção de povo de Estado, no papel de feitor de seus próprios compatriotas, para extrair riquezas para o conquistador.

Bauduin não é um perfil raro nos países emergentes, aliás é muito comum, economistas a serviço do mercado mas de que mercados? Ao fim servem ao financismo internacional, representam os interesses estrangeiros acima do interesse nacional sob a capa do “mercado”.

Não é do mercado de sua população nativa, os patrões desse mercado a que servem são outros e pagam bem, é tudo o que importa. A consciência de servir aos seu compatriotas pobres se perdeu nas universidades americanas onde estudaram, os seus compatriotas que necessitam de sua ciência e muitas vezes pagam seus estudos são abandonados e trocados pelo fascínio do dominador. A saga dos “economistas de mercado” tem tudo a ver com a carreira de Paul Bauduin, um espécie de patrono dos economistas sem pátria.

O “economista de mercado” representa uma visão de mundo, onde o mercado prevalece sobre o Estado. Este passa ser um mero gestor de serviços, como um zelador em um prédio de apartamentos, essa a visão de Bauduin, se os alemães são bons administradores do território, porque não aceita-los, não é mesmo? Os “mercados” pensam exatamente a mesma coisa.

Qualquer Presidente serve desde que garanta o mercado e seus objetivos, acima de qualquer interesse nacional ou do interesse de sua população pobre, o Estado zelador do mercado é

o que esse grupo de personagens deseja, Bauduin tem herdeiros.

Quem era Paul Bauduin

Diretor-Geral de la Banque de L’Indochine, um dos grandes bancos de investimento da França de então, catedral do capitalismo imperial francês, com vastos recursos amealhados na exploração comercial da Indochina, hoje Vietnam, Cambodja e Laos, então colônia francesa.

La Banque de l’Indochine era uma potência e ainda é. Depois de sua fusão com a Compagnie Universalle du Canal Maritime de Suez, a companhia do canal de Suez, e com a belga Tractabel, a companhia de bondes e trens do Barão Empain, o Banco da Indochina se transformou hoje em um dos grandes conglomerados do capitalismo europeu, com o nome de Engie, importante investidora no setor de energia em nosso Pais. Comprou a Eletrosul nos leilões da Era FHC e continua a investir pesadamente em geração na América do Sul.

Paul Bauduin nasceu em 1894 e viveu até 1964. Em 16 de Junho de 1940 foi nomeado pelo Marechal Petain Ministro das Relações Exteriores do novo Governo que nasceu dos escombros da Terceira Republica com o fim especifico de se render aos alemães. Sua experiência e conexões com o mercado financeiro deu a Bauduin um poder especial sobre a gestão econômica, já que como Ministro das Relações Exteriores cabia a ele a crucial negociação financeira com o ocupante, que se tornou o eixo da nova economia francesa.

O drama das negociações e tratativas politicas internas e as intensas discussões com a Inglaterra sobre a necessidade da rendição politica da França ao Terceiro Reich marcam a primeira metade de 1940. Com o governo em fuga já longe de Paris, primeiro em Bordeus, depois em Clermont Ferrand e finalmente em Vichy, capital da parte não ocupada, escolhida por sugestão de Bauduin, um novo Estado sem nome de Republica cujo chefe nominal era o Marechal Petain, herói da Grande Guerra de 1914 e chefe do partido derrotista, tendo com Primeiro Ministro o politico de longa carreira Pierre Laval, Bauduin como Chanceler. O período de fuga e de enterro da Terceira Republica e criação de um novo Governo dá por si só uma biblioteca, um período dramático de desfazimento de um regime que vinha do fim do Segundo Império de Napoleão III em 1870 e durou 70 anos até a rendição de 1940.

Com Baudoin como Chanceler o governo Petain requer através da Espanha os termos de um armistício que os alemães apresentam em 22 de Junho no fatídico vagão ferroviário na Floresta de Compiegne, o mesmo vagão onde o Império Alemão assinou sua rendição militar em 1918. Hitler exigiu essa condição como vingança pela humilhação à Alemanha na situação inversa de 1918 (descrição da cena de rendição em “Vichy Political Dilemma”, de Paul Farmer, Columbia Universaity Press, 1955). Mas Hitler tinha um plano especial para a Drança, Hitler admirava Napoleão e tinha certo carinho pela França, preferia um acordo do que uma rendição “raise campagne”, uma rendição puramente militar como em outros países.

Baudoin era portanto personagem central nos acontecimentos da submissão do Estado francês à Alemanha. Não era uma rendição fruto da derrota militar, era mais que isso.

O armistício de junho de 1940 foi uma abertura de portas para uma desejada colaboração com a Alemanha nazista, considerada então uma barreira a proteger a elite francesa contra a esquerda que tinha conseguido o poder nas eleições de 1936 e que assustava esse elite com leis trabalhistas, como a semana de 40 horas. Os alemães seriam nessa condição os “salvadores” da França contra a esquerda que crescia e assustava a alta classe francesa.

Nasceu desse pano de fundo a saga do “colaboracionismo”, uma ideologia de governar sob a proteção da Alemanha e a ela prestando reverencia, uma submissão consentida para atingir um fim maior, a proteção da elite (hoje seriam “os mercados”) contra o progressismo social.

A lógica dos colaboracionistas era evidentemente de que o Terceiro Reich iria ganhar a guerra europeia e a Alemanha seria a dona da Europa, vamos então escolher um bom lugar a mesa, mesmo que secundário, para participar do banquete dessa nova constelação de poder.

Como acontece com enorme frequência com gente apenas focada em seus próprios interesses, o calculo deu errado, a Alemanha não ganhou a guerra e os colaboracionistas caçados e presos, como Paul Baudoin, condenado à prisão por 5 anos, pena comutada em 1949, os colaboracionistas em França eram tantos que não haveria prisões para todos.

O maior deles, Pierre Laval, Primeiro Ministro de Vichy, foi condenado à morte e fuzilado. Petain também foi condenado à morte mas teve a pena comutada em prisão perpetua, morreu na cadeia. Além dos processados em tribunais, milhares de colaboracionistas foram justiçados pela Resistencia ou em linchamentos pela população logo após a retirada dos alemães de Paris em Julho de 44 com a rendição do General von Choltitz na Gare du Nord e a entrada em Paris da Divisão Leclerc, do exercito gaullista, como libetador.

Foi Bauduin quem deu a Petain a ideia de transferir a sede do Governo em fuga, de Bordeus para Vichy, que passou a ser a capital do território francês não ocupado pelos alemães, a parte sul da França, enquanto a parte norte foi submetida à ocupação direta e governada pelo Comando Militar Alemão com sede em Paris. Vichy então criou a ficção de um Estado francês soberano, que mantinha Embaixadores por todo o mundo, inclusive no Brasil e os EUA de Roosevelt. Com uma estratégia anti-gaullista, mantinham um Embaixador em Vichy até a invasão da Normandia, era o Almirante Lehay, amigo pessoal de Roosevelt.

Na verdade a ficção de Vichy acabou com a invasão americana da África do Norte em 1942, quando os alemães romperam os acordos de soberania sobre a parte sul da França e ocuparam todo o território mas o agora mais artificial Governo de Vichy se manteve em operação, com soldados alemães à parta do Hotel du Parc, sede do Governo em Vichy.

Na verdade o Governo de Vichy sobreviveu à própria invasão da França pelos anglo-americanos em junho de 1944, Petain e Laval fugiram para a Alemanha e mantiveram a sede ficcional do Estado francês no Castelo de Sigmaringen, na Bavieira, com toda sua corte.

A economia da França sob ocupação alemã

Nos termos do Armistício de junho de 1940 a França se obrigou a pagar ao Terceiro Reich uma taxa de ocupação de 300 milhões de Francos por dia, valor que seria creditado ao Governo alemão em uma conta especial no Banco de França. A soma era tão gigantesca que com a retirada alemã de 1944 ainda metade dos valores creditados permaneciam em saldo, não conseguiram ser gastos pelos alemães durante todos os anos de ocupação.

Em 1941 esse valor pago à Alemanha foi de 144,3 bilhões de Francos, correspondente a 36,8% do PIB, em 1942 foi de 156,7 bilhões de Francos, correspondente a 36,9% do PIB, em 1943 foi de 273,6 bilhões de Francos, correspondentes a 55,5% do PIB. (Estudo da Universidade de Rutgers, 2005, Eugene N.White)

Com esses créditos o Governo alemão comprava na França uma infinidade de mercadorias industriais, alimentos e artigos de luxo. Dentro do espírito de amizade proposto por Hitler, que não considerava a França um inimigo, mas sim um governo colaborador, os alemães não requisitavam “manu militari” essas mercadorias, eles comprovam em transação comercial ao preço de mercado e pagavam com a moeda extraída da França como taxa de ocupação.

Para tanto foram criados 14 Escritórios “informais” de Compra, conhecidos como “Escritorios Otto que compravam artigos de luxo, tecidos, roupas, iguarias finas, vinhos, champagne, perfumes, sapatos, café, chocolates, chás, tudo que pudesse ser comprado no mercado.

Hitler para manter alto o moral das famílias de soldados que ficavam na Alemanha queria que as esposas dos militares tivessem bens de luxo como compensação pelos sofrimentos da guerra. A França era também grande produtora de alimentos e os alemães compravam tudo que podiam para remeter à Alemanha, manteigas, queijos, legumes, pescados, etc.

Também havia o turismo em larga escala. A França foi destinada por Hitler a ser um “resort” para os soldados alemães após períodos de ação na terrível Frente Leste. As “férias” dos soldados podiam ser passadas na França com dinheiro francês para hotéis e restaurantes.

Mas a “taxa de ocupação” era tanta que sobrava dinheiro e ai os “donos” dos “Escritórios Otto” começaram a comprar imóveis na Riviera e apartamentos em Paris, a corrupção nos “escritórios”, todos comandados por oficiais SS, era gigantesca. Jacques Delarue narra em um livro inteiro essas transações ( Tráficos e Crimes, Jacques Delarue).

Obra fundamental para o período é La Francis de Vichy (em italiano) de Robert Aron, Rizzoli Editore, 1972, 668 paginas, onde se mostra como a economia francesa foi inteiramente submetida ao esforço de guerra nazista, as industrias francesas produzindo peças para tanques e aviões alemães, as Usinas Renault fabricando para a Alemanha, o que custou no pós guerra a prisão do industrial Louis Renault e o confisco de sua empresa pelo Estado francês, a Renault era e continuou a ser um dos maiores fabricantes de automóveis da Europa.

Bauduin, na qualidade de grande banqueiro, era uma espécie de controlador da economia francesa a serviço do Terceiro Reich. Sua amizade com Otto Abetz, o ultra eficiente Embaixador alemão em Paris antes da guerra (Abetz falava francês melhor que franceses e era aficionado pela cultura francesa), foi elemento chave para a ligação entre o interesse alemão e a elite empresarial francesa. Abetz comprou com estipêndios quinzenais os jornais de Paris que passaram a colaborar com os nazistas. Aliciou também o Judiciário, que passou a perseguir os adversários do Terceiro Reich com um rigor tal que os próprios alemães achavam exagerado (ver o filme Seção Especial de Justiça, de Costa Gravas, sobre esse contexto)[1] .

Vichy e os economistas

O exemplo de Vichy nos mostra como economistas de mercado não tem nenhuma vocação de Estado, um ente que para eles nem deveria existir. Henry Rousso em Le Syndrome de Vichy (Editions du Seuil, 1980) mostra esse desdobramento onde um grupo de pessoas em uma espécie de autismo politico, faz por desconhecer a função de um Estado como nau que abriga toda a sociedade. Para esse grupo de pessoas a economia é autônoma do Estado, não precisa dele, portanto a sorte dos que não estão contemplados é indiferente. Que um Estado possa ser o conjunto de toda uma população e não plataforma de mercado é algo incompreensível para esses elementos, como Paul Bauduin.

É espantoso como a Síndrome de Vichy atravessou o Século XX e chegou a nossos dias. A globalização financeira e comercial é a resultante desse ciclo de desconstrução social iniciada no Governo Thatcher no Reino Unido, um desastre na tentativa de desmonte do estado nacional para em seu lugar a sociedade ser operada por bancos e corporações, sem Estado ou com um Estado mínimo, se não há emprego, proteção e renda para os mais pobres esse não é um problema do Estado, essa é a regra dos economistas de mercado, felizmente um ciclo que está terminando porque não existe estrutura social e politica que subsista por muito tempo com altíssimo desemprego e desequilíbrio social, o fascismo e o nazismo nasceram nesses contextos como mecanismo de controle social e não de solução de problemas econômicos a longo prazo.

Se a eficiência da economia depende da ineficiência do tecido social, o preço a ser pago será cobrado do próprio mercado por agitação política, crime e vida social impossível, a conta do desequilíbrio social é infinitamente mais alta do que o ganho dos mercados por uma suposta eficiência artificial gerada pela concentração de renda, fusões e aquisições, abertura da economia, fechamento de fabricas e grande parte da elite vivendo de renda financeira.

O fascismo renovado

O fascismo é uma ideologia forte, nascida dos escombros da Grande Guerra de 1914, por causa da crise social provocada pela guerra, desemprego em massa e falta de comida.

Do fascismo nasceu o nazismo como descendência adaptada ao caráter alemão, Mussolini foi o modelo adotado por Hitler, que foi sempre um admirador ideologico de Mussolini.

Com o mesmo DNA também surgiu o franquismo espanhol, o justicialismo argentino, o salazarismo português, o estadonovismo brasileiro e os neofascismos de hoje.

Daniel Guerin, no clássico Fascismo de Gran Capitaie (Guerin era francês mas a melhor edição é a italiana) mostrou a estreita ligação entre o grande capital e o fascismo. Pode-se substituir a expressão belle-epoque “gran capitale” por “mercados”. A capa do livro de Guerin (na edição que tenho, há outras) é emblemática, Mussolini de casaca e cartola ao lado de dois grandes capitalistas, logo Mussolini que começou na vida politica como socialista.

Na expansão desenfreada do capital em busca de concentração cria-se um perigoso quadro social com alto desemprego e carências. Nesse quadro começam agitações causadas exatamente pela falta de emprego. A Democracia não mais dá conta de administrar a crise.

A solução então é o fascismo com violência e truculência para conter a sociedade pela força e blindar o capital. Mas há uma armadilha. O fascismo não é estável, ele precisa se agitar continuamente até implodir, o prazo de validade do fascismo é curto no tempo histórico.

Os economistas, por perfil psicológico, tem fascínio pela ordem e horror ao caos, dai a adesão ao “ partido da ordem” é um passo. Salazar era professor de economia, Sergio de Castro, formado na Universidade de Chicago, foi o primeiro Ministro da Fazenda do regime Pinochet. É muito mais fácil fazer as “reformas” em uma ditadura do que na democracia.

Dai nasce uma espécie de adesão dos “economistas de mercado” a quem pode assegurar ajustes e reformas, muito mais difícil em uma democracia em funcionamento.

Na verdade, os “mercados” podem operar perfeitamente em regimes autoritários, democracia é bom para pobres, para os “mercados” (ou “grande capital” como diria Guerin) é indiferente no mínimo.

Quem ver alguma semelhança com o Brasil de hoje é mera coincidência.

 

  • Alem dos livros citados mais dois livros básicos para entender a França de Vichy: THE IDES OF MAY, John Williams, Constable, Londres, 1968 e THE VICHY REGIME 1940-1944, Beacon Press, Boston 1958).
  • A literatura sobre Vichy é curiosamente muito maior editada fora da França, os franceses não curtem esse tema como material de Historia, é uma pagina que preferem esquecer.

[1] Seção Especial de Justiça, de Costa Gravas

 

Por André Araújo, Advogado  |  Texto em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV (GGN) / Tornado

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