Em comunicado conjunto, as organizações Amnistia Internacional, Human Rights Watch, Comité para a Protecção dos Jornalistas e Repórteres Sem Fronteiras, apelam, a uma só voz, para que a Turquia solicite urgentemente ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para abrir uma investigação da ONU à possível execução extrajudicial do jornalista saudita Jamal Khashoggi.Segundo o comunicado, as organizações signatárias “instam a que esta investigação determine as circunstâncias em volta do papel desempenhado pela Arábia Saudita no desaparecimento forçado e possível morte do jornalista. Deve ainda visar identificar todos os responsáveis por terem ordenado, planeado e executado quaisquer operações ligadas a este caso”.
Lê-se no referido documento que a “Turquia deve pedir urgentemente ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que instaure uma investigação das Nações Unidas sobre a possível execução extrajudicial do proeminente jornalista saudita Jamal Khashoggi, do Comité para a Protecção dos Jornalistas, Human Rights Watch e Amnistia International, e Repórteres Sem Fronteiras”.
A investigação deve determinar as circunstâncias que cercam o papel da Arábia Saudita no desaparecimento forçado e possível morte de Khashoggi. Deve procurar identificar todos os responsáveis pelo pedido, planeamento e execução de quaisquer operações relacionadas ao caso.
A Turquia deve recrutar a ONU para iniciar uma investigação oportuna, confiável e transparente”.
O envolvimento da ONU é a melhor garantia contra um branqueamento saudita ou tentativas de outros governos de varrer a questão para manter laços comerciais lucrativos com Riad”.
As autoridades sauditas intensificaram a repressão às vozes dissidentes no país desde que Mohammad bin Salman se tornou príncipe herdeiro em Junho de 2017. E, está a ser marcado pela repressão sistemática da dissensão, incluindo a expressão pacífica dirigida à promoção e protecção dos direitos humanos. Praticamente todos os defensores de direitos humanos e vozes críticas, incluindo clérigos religiosos, jornalistas e académicos, foram alvejados nas recentes detenções.
O desaparecimento de Khashoggi ocorre depois de mais de um ano de detenções contra jornalistas que denunciaram casos de corrupção, direitos das mulheres e outras questões delicadas. Várias estão sendo realizadas em locais desconhecidos, sem acusação, segundo pesquisa do Committee to Protect Journalists.
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