Estava o Jair Bolsonaro, o Mito, a perorar no meio de um grupo ao ar livre, quando inesperadamente alguém o esfaqueou.
Gritos, escândalo, acusações contra partidos políticos, e o mártir vai de bolandas para o hospital.
Fica de cama, quase moribundo. Mas recupera bem e dá entrevistas pela TV tranquilizando os adeptos e o seu adorado povo.
Quem teria sido o reles assassino? Alguém de cor escura, vagamente ligado a um partido da Marina, talvez profundamente religioso.
Mas há um mistério.
Como era possível um facínora infiltrar-se no meio de dezenas de guarda-costa e jagunços prontos a tudo para matar qualquer inimigo e salvar o chefe?
Pior; como é possível ter ficado ileso e ninguém o exterminar imediatamente? Como foi possível não obedecer à voz do chefe que vai acabar com toda a pretalhada?
Mais. Não se sabe nada do que aconteceu a esse bandido. Terá sido perdoado pela intensa compaixão do Deus Mito, agora erigido num Júpiter inacessível no meio das nuvens brancas e angélicas?
Outro mistério, de difícil explicação é não conseguirmos ver os graves ferimentos provocados pelas facadas.
Todos sabemos que os mártires são eternizados pela exibição das chagas que lhe infligiram os incrédulos e ateus. Será modéstia? Será que ELE não quer mostrar as chagas do Bolsonaro?