O Partido Democrata americano está cada vez mais instalado na estratégia política que levou à derrota da sua candidata presidencial, a estratégia de alcançar a maioria pela via da agregação de diferentes e diversas minorias, por vezes, até contraditórias.
Este tipo de pensamento político tornou-se hegemónico nas esquerdas ocidentais depois do “desaparecimento” do proletariado e da implosão da União Soviética.
Esta substituição das velhas causas sociais da esquerda (que eram a razão da sua existência) por novas causas societais não tem apresentado mais resultados que o divórcio e afastamento do “eleitorado popular” dessa esquerda (hoje, em França, quase 60% dos operários dizem votar Marine Le Pen e apenas 15% apontam o seu voto a J-L Mélenchon… enqunto o PC há muito que desapareceu reduzido a 2%). Com tais resultados, essa linha política tem sido objecto de críticas (poucas mas arrasadoras).
Tal como esta política do PD americano já foi criticada e arrasada por (poucos mas demolidores) autores. No entanto, depois da derrota da Clinton e das recentes vitórias para o Congresso, o PD não tem hoje como fugir dos resultados do que andou a semear desde os tempos de Obama…
E vai ter que esperar que o ciclo se esgote. Trump agradece e já arrancou ontem com a campanha eleitoral para 2020.
Exclusivo Tornado / IntelNomics