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João de Sousa

Quarta-feira, Julho 17, 2024

Restart

O clima anda tão quente, quase me derretem os pensamentos na procura de um sitio mais arejado ou acabo com as ideias fritas…

O telejornal repleto de ficção, suspense e comédia, nos apresenta um thriller horripilante que degola a esperança de quem votou… Esperar sentados e com fome?

Sorrisos amargos são timidamente soltos a cada piada contada numa suposta acusação (são todas supostas) que acelera o coração na velocidade da apreensão.

O dia se põe e a noite chega a esperança moribunda é operada na fé que alimenta este povo cansado… Amanhã será melhor, abraça a almofada e adormece ao som do estômago vazio que ronca em sinfonia com o coro dos mosquitos.

Informações repletas de inflação, onde a única coisa que baixa é o preço do petróleo… Sobe o peixe, sobe o pão… sobe a tensão, e os ânimos se derretem na factura da luz, água, lixo…

O meu dia como sempre, sentada na sala buscando soluções numa mente onde fervilham inquietações, nem para esquerda nem para a direita. Tudo parado.

Projectos ambiciosamente elaborados renderam para bolsos individuais, eterna sombra e água fresca, enquanto o povo é saqueado nos impostos e emolumentos paridos no aperto dos cofres vazios.

Investimentos mascarados com a cor da esperança, faziam o porto seguro de muitas famílias, hoje afectados por uma tempestiva ganância dos capitães que comandavam os navios repletos de prosperidade.

A luta contra a corrupção… Enquanto se constatam factos e se buscam provas… O desespero corrompe a esperança e ela transmuta-se em ilícito.

A delinquência cresce numa velocidade gigantesca, onde algumas religiões evoluíram para laboratórios, casulos do mal, mentes fervilham arquitectando novas formas de conseguir o pão, e o dizimo que é fervorosamente cobrado em cada culto.

Estamos a assim num país repleto de recursos minerais, e de alunos fora do sistema escolar, faltam professores, médicos… Falta tudo, uma realidade que contrasta com o número de doutores, técnicos, professores, etc, que têm prática na distribuição de um curriculum. Os viciados concursos públicos demonstram uma fragilidade que espelham os problemas de base, desnudando a deficiência imputada ao sistema de educação, viciada em açucaradas gasosas que relaxavam os bolsos de quem devia ensinar com rigor. Este país precisa de ser reiniciado. E eu preciso de um emprego.


A autora escreve em PT Angola


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