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João de Sousa

Domingo, Novembro 3, 2024

As cores da pobreza

Carlos Luna, em Estremoz
Carlos Luna, em Estremoz
Professor de História, Investigador

Soneto de Carlos Eduardo da Cruz Luna

Foto: Minustah (haiti)

As cores da pobreza

Pretos como petróleo, mas sem ser,
d’ escravos revoltados oriundos,
sem a cor certa p’ra nos enternecer,
haitianos tão sós e tão imundos.

Parece que não há nada p’ra se ver,
pois até ne miséria há dois mundos:
um, em qu’os pobres se devem socorrer,
outro, em qu’ os pobres são vagabundos!

Triste mund’ em que nos é dado viver,
qu’ entre pobres distingu’ os que mais convém
a favor dum tom de pel’ a condizer!

A pobreza maior é a de quem tem
diante dos seus olhos gent’ a sofrer,
sem ver qu’a dor não olh’ a cor de ninguém!


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