A rede de comunicação colaborativa ComunicaSul, integrada pelo Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé e por diversos meios alternativos, estará no Chile de 8 a 13 de abril para cobrir a greve geral – convocada para o dia 11 – e as manifestações populares contra a capitalização/privatização da Previdência, apontada como modelo pelo governo Bolsonaro.
Implementada pela ditadura de Pinochet em 1981, a capitalização da aposentadoria chilena – que prometia mundos e fundos – retorna tão somente 35% do salário médio das contribuições, paga 80% menos que o salário mínimo e faz com que 45% dos pensionistas vivam abaixo da linha da pobreza.
A ComunicaSul é uma iniciativa que fortalece a análise crítica sobre temas da atualidade, fomentando a integração latino-americana e dando visibilidade a experiências vividas por nossos povos e que acabam sendo manipuladas, invisibilizadas ou ficando de fora da pauta da velha mídia”.
Segundo Miro, “conhecer em profundidade esta experiência citada como modelo pelos privatistas e entreguistas de plantão ajudará em muito o bom combate pela verdade”.
A pauta da defesa da Previdência pública é chave neste momento, o que torna esta missão jornalística fundamental para fazer uma ampla radiografia do que significou o desastre da capitalização para o povo chileno”.
Na avaliação de Renata, “ao contrário da desintegração provocada pela grosseira manipulação patrocinada pela velha mídia, esta é uma iniciativa que potencializa a luta pela informação a partir da experiência concreta de pessoas de carne e osso”. Para o redator-especial do jornal Hora do Povo, Leonardo Severo, “a implementação de um sistema de capitalização, como foi demonstrado no Chile, nada mais é do que a imposição de um escárnio em grande escala, feito para beneficiar tão somente banqueiros e especuladores estrangeiros”. “Não por outro motivo o Chile encontra-se tragicamente entre os recordistas no número de suicídio de aposentados na América do Sul”, acrescentou.
Entre outros países, a ComunicaSul já acompanhou processos eleitorais ou disputas políticas na Argentina, Bolívia, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras e Venezuela, sempre contando com o apoio de centrais, federações, sindicatos e movimentos sociais. Conforme destacou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reforçando a relevância da denúncia, “o regime de capitalização no Brasil é um escândalo”. Afinal, alertou, “vai beneficiar o capital e provocar um genocídio”.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV (Centro de Estudos Barão de Itararé) / Tornado