Durante o Fórum de Segurança da Associação Portuguesa de Aviação Ultraleve (APAU), que teve lugar em Torres Vedras, foi homenageado o comandante Alfredo Martins pela sua longa carreira dedicada à aviação.
O actual director do Aeródromo de Santa Cruz, de 78 anos, tem cerca de 20 mil horas de voo como piloto de diferentes aeronaves. Foi para Torres Vedras aos seis anos. Depois do Liceu foi para a escola de aviação do Aeroclube Clube de Torres Vedras, onde concluiu o curso de piloto particular de aeroplanos em 1959, e foi instrutor tendo formado dezenas de pilotos.
Seguiu-se a aviação comercial, na TAP, durante cinco anos, após os quais esteve três anos ao serviço das Águas do Vimeiro a pilotar um avião para transportar turistas entre o aeroporto de Lisboa e o hotel Golf Mar, usando a estrada da praia de Santa Rita como pista.
O passo seguinte foi a Companhia de Transportes Aéreos de Cabo Verde, onde esteve durante 21 anos, entre 1972 e 1993, exercendo funções de piloto e instrutor. Formou muitos pilotos cabo-verdianos, alguns são ainda hoje comandantes de aviões comerciais. De regresso a Portugal, foi instrutor de simulador de voo na TAP até se reformar.
No Fórum de Segurança da APAU recebeu da Medalha da Cidade das mãos do presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, e foi homenageado pela associação. Emocionou-se com uma surpresa que lhe estava reservada: a presença do comandante Emanuel Fonseca, da companhia Cabo Verde Airlines, aluno de Alfredo Martins naquele país africano e que veio a Portugal propositadamente para lhe entregar uma lembrança.
O Fórum de Segurança da APAU encheu o auditório dos Paços do Concelho e durante todo o dia foram debatidas questões de segurança e operacionalidade dos pilotos de ultraleves e não só.
Receba regularmente a nossa newsletter
Contorne a censura subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.